Joaquim Maria Machado de Assis é o escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores um dos maiores senão o maior nome da literatura do Brasil. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Machado de Assis é uma figura icônica na literatura brasileira e mundial, cujos livros têm resistido ao teste do tempo. Nascido no Rio de Janeiro em 1839, Assis é amplamente reconhecido como um dos grandes nomes da literatura em língua portuguesa, famoso por sua escrita aguçada, seu humor sutil e suas percepções profundas sobre a natureza humana. Seus livros, que incluem romances, contos, poesias e peças de teatro, exploram temas como amor, traição, ambição e hipocrisia social. Conheça a seleção de nossos editores dos melhores livros deste mestre da literatura nacional, todos para você comprar on-line!
Em Dom Casmurro, o narrador Bento Santiago retoma a infância que passou na Rua de Matacavalos e conta a história do amor e das desventuras que viveu com Capitu, uma das personagens mais enigmáticas e intrigantes da literatura brasileira. Nas páginas deste romance, encontra-se a versão de um homem perturbado pelo ciúme, que revela aos poucos sua psicologia complexa e enreda o leitor em sua narrativa ambígua acerca do acontecimento ou não do adultério da mulher com olhos de ressaca, uma das maiores polêmicas da literatura brasileira.
Escrito em 1880 em folhetins, este clássico da literatura brasileira é considerado o precursor do Realismo. Se você não cismar de sofrer com a língua que é diferente do português que a gente usa hoje em dia, vai se divertir a valer com essa história narrada por um personagem morto que, de seu túmulo, se dirige aos leitores para criticar a sociedade da época. Nesta edição especial você tem o texto integral acompanhado de explicações e links bem espertos que o ajudarão a compreender melhor a trama, diferentes estilos de ilustrações e um encarte com o mapa dos personagens para você lembrar quem é quem no romance de Machado de Assis.
Um dos três grandes romances da fase realista de Machado de Assis, que narra as desventuras do provinciano Rubião, herdeiro do filósofo incompreendido Quincas Borba, na capital do Império. Leitura obrigatória do vestibular da Fuvest. Publicado pela primeira vez em livro em 1891, depois portanto de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881) e antes de Dom Casmurro (1899), Quincas Borba é uma das obras mais marcantes da fase realista de Machado de Assis. Talvez por se situar justamente entre esses dois monumentos da obra machadiana, o romance muitas vezes foi considerado uma realização menor, uma espécie de mera continuação das Memórias póstumas - para irritação de seu autor, que em um raro comentário sobre a própria ficção afirmou que a presença do personagem Quincas Borba era “o único vínculo” entre os dois livros. Mais do que ao marco inaugural do Realismo no Brasil, porém, Quincas Borba remete ao Machado contista que começava a abordar temas historicamente mais próximos de sua época e a explorar os conflitos psicológicos de seus personagens com sua sofisticada e irônica narrativa em terceira pessoa presente em contos clássicos como “A cartomante” e “A causa secreta”. Neste romance da maturidade do autor, a história do provinciano Rubião - herdeiro da fortuna do idiossincrático filósofo Quincas Borba - e dos tipos urbanos da corte que o levam à ruína é narrada com o distanciamento, o ceticismo e o senso de humor implacável de que só Machado de Assis era capaz. Esta edição de Quincas Borba, além de mais uma centena de notas explicativas, traz uma extensa e abrangente introdução do britânico John Gledson, estudioso da obra machadiana e tradutor de Dom Casmurro para o inglês.
Originalmente publicado em 1904, Esaú e Jacó trata de uma “história simples, acontecida e por acontecer”: dois jovens bem-nascidos, os gêmeos Pedro e Paulo, digladiam-se em intermináveis conflitos e reconciliações desde o útero da mãe até o começo da idade adulta. Os irmãos lutam pelo amor da jovem Flora Batista, cujo enredo é narrado em terceira pessoa pelo conselheiro Aires - alter-ego de Machado de Assis, que usa o personagem para as suas reflexões autorais. O narrador-personagem compartilha com o leitor suas indagações sobre a arte do romance e, por isso, o crítico e professor Hélio Guimarães, que assina a introdução e as notas do volume, considera essa obra uma verdadeira “teoria da composição ficcional”. Ambientado no Rio de Janeiro durante os anos finais do Império e o início da República, o livro ecoa diversos acontecimentos da história do Brasil - incluindo a Abolição, a Proclamação da República e as revoltas contra o governo Floriano Peixoto -, além de passagens da Bíblia, da Divina comédia e do Fausto de Goethe.
O livro gira em torno de um namoro dentro dos mais rigorosos esquemas burgueses. Guiomar, a heroína, tem a sua volta três pretendentes - Estevão, sentimental, Jorge, calculista, Luís Alves, ambicioso. A estes três junta-se a baronesa, sob cuja proteção encontra-se a órfã Guiomar e a inglesa Mrs. Oswald, dama de companhia.
Pertencente à fase romântica do autor, Helena já anuncia traços que fariam de Machado de Assis o grande nome do realismo brasileiro. Publicado em 1876, Helena pertence à primeira fase da obra de Machado de Assis. No romance, a protagonista de origens humildes é reconhecida em testamento como filha e herdeira do conselheiro Vale, um homem importante da elite carioca do Segundo Império. Após o espólio do pai vir à tona, Helena passa a viver na mansão da família do Vale com uma tia e Estácio, filho legítimo do conselheiro. Estácio não apenas aceita a meia-irmã como lhe devota um profundo e crescente carinho, por ela correspondido. Ao drama de incesto abordado por Machado no romance, soma-se ainda o tema das conflituosas relações de classe no Brasil do século XIX, coroados por um final surpreendente.
A carteira foi publicado por Machado de Assis de forma avulsa, depois no jornal A estação, em 1884.Honório enfrenta um dilema quando encontra uma carteira no meio da rua. Sofre com a dúvida entre quitar uma dívida ou manter a consciência tranquila.Machado de Assis consegue, em poucas páginas, deixar o leitor curioso e aflito. E, como sempre, mostra algo surpreendente no fim.
Antologia indispensável com o melhor dos contos do grande escritor brasileiro. Leitura obrigatória do vestibular da Unicamp. Um homem que tem o estranho prazer de torturar ratos, e encara a morte da mulher com a mesma satisfação; outro que, abandonado numa fazenda, se olha num espelho e descobre que seu reflexo desapareceu; uma mulher tão obcecada em esconder a idade que impede a filha de se casar; um afortunado compositor de melodias populares que deseja desesperadamente escrever música clássica; um rapazinho de quinze anos que se deixa empolgar pela visão dos braços de uma mulher mais velha; um casal empobrecido que adora dançar e termina esbanjando numa festa o prêmio ganho na loteria... Essas são algumas das situações e personagens desta nova antologia de contos de Machado de Assis, que inclui textos famosos, mas também escolhas menos usuais, além de uma apresentação convidativa e de notas esclarecedoras. Seja você um aficionado pela obra de Machado ou apenas um entusiasta da boa literatura, a amplitude e sutileza destes escritos, o prazer que se extrai da maneira como as histórias são contadas e da observação de pequenos detalhes vão fazê-lo ler, reler e redescobrir o maior escritor brasileiro. Carlos Drummond de Andrade dizia que ler Machado de Assis era uma tentação permanente, quase como um vício a que tivesse de resistir: não há melhor lugar para se dedicar a esse vício do que este livro.
Americanas aborda temas sociais e é composto por poemas patrióticos, como na apologia a José Bonifácio, histórias indígenas, como “Potira”, bem como outras histórias de caráter indianista. Essa última temática é mais presente durante toda obra, que, além de enfatizar a tradição de um país colonizado, mostra todo magnetismo dos indígenas das tribos americanas, pois as poesias nesta obra vão além do indianismo local. Em Americanas Machado mostrou a destreza de sua escrita e a genialidade de saber escrever boas histórias, abordando temas de religião, costumes, comportamentos, que é o caso de “Niâni”, entre outros.
Lançado em 1870, quando Machado de Assis tinha 39 anos, Falenas é o seu segundo livro de poemas publicado em vida. Integra a fase romântica do autor, na qual surgiram, também, os romances Ressurreição (1872) e Helena (1876). Embora siga o figurino do Romantismo, a obra impõe limites aos excessos românticos e já deixa entrever o celebrado estilo machadiano. O autor perpassa por temas da mitologia grega, faz metalinguagem em “Prelúdio”, poema que abre o livro e também mostra seu talento como tradutor em “Os deuses da Grécia”, de Schiller. Falenas é um livro acessível e um bom caminho para sabermos mais sobre o escritor.