William Shakespeare é amplamente considerado o maior escritor da língua inglesa e um dos dramaturgos mais influentes de todos os tempos. Conhecido como o "Bardo do Avon" ou simplesmente "O Bardo", ele deixou um legado literário composto por 38 peças teatrais, 154 sonetos e dois extensos poemas narrativos, além de diversos outros versos cuja autoria ainda é objeto de debate. Suas obras foram traduzidas para todas as línguas significativas da era moderna e detêm o recorde de serem as mais encenadas em comparação com as de qualquer outro dramaturgo. O impacto de Shakespeare transcende gerações e fronteiras; seus textos e temas continuam ressoando na cultura contemporânea, encontrando novas formas de expressão em teatro, televisão, cinema e literatura. Sua obra não apenas captura as complexidades da condição humana, mas também oferece perspectivas que permanecem relevantes hoje, o que faz dele um ícone perene na tapeçaria cultural global. Conheça a seleção de nossos editores dos melhores livros de William Shakespeare que não podem faltar na sua coleção.
William Shakespeare é, sem dúvida, um mito. Sua obra tem um caráter universal e eterno, subvertendo o tempo e atravessando gerações. Para reverenciar este mestre, a Nova Fronteira preparou um box especial que reúne suas obras mais famosas, contando com a organização da professora Liana de Camargo Leão, especialista e pesquisadora da obra de Shakespeare, e a tradução consagrada da ensaísta e crítica de teatro Barbara Heliodora. No primeiro volume estão contempladas as peças mais icônicas no gênero que o consagrou, a tragédia: Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo, o mouro de Veneza e Macbeth. Já o segundo volume é dedicado às comédias: A megera domada, Sonho de uma noite de verão, O mercador de Veneza, e A tempestade. E no volume que encerra a criteriosa seleção de suas grandes obras, as peças históricas inglesas e romanas do dramaturgo: Ricardo III, Ricardo II, Júlio César e Antônio e Cleópatra.
Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos - para culpados e inocentes. Esta é a sinopse da tragédia de Shakespeare, agora em nova e fluente tradução de Lawrence Flores Pereira. Mas a trama inventada pelo dramaturgo inglês vai muito além disso: Hamlet é um dos momentos mais altos da criação artística mundial, um retrato - eletrizante e sempre contemporâneo - da vida emocional de um Homo sapiens adulto. Leitura obrigatória do vestibular da UFRGS.
Misto único de conflito familiar e crise política, de amor e ódio entre pais e filhos, Rei Lear evoca o niilismo da modernidade ao mesmo tempo em que opera a história do século XVI e das primeiras décadas do século XVII. Muitas vezes considerado o ápice da produção dramática de Shakespeare, Rei Lear começa quando um rei idoso, em busca de um sucessor, acaba por escolher duas filhas indignas de sua confiança, em vez daquela que o ama. Por conta desse erro, ele se vê despojado de seu poder, condenado a uma vida miserável de horror e insanidade. Nenhuma peça de Shakespeare foi tão longe na junção de traços grotescos, fantásticos e violentos, nos contrastes do humano, em cenas absurdas e impactantes repletas de ardis improváveis que envolvem a mente do leitor numa névoa que se mostra cada vez mais uma poderosa criação narrativa. O elo de Rei Lear com a contemporaneidade fica evidente seja no caráter niilista ou nas insinuações pré-psicanalíticas da obra. Situada em um universo impiedoso, a tragédia sombria e brutal de Shakespeare é uma obra-prima imponente e fundamental, uma poesia feroz e de amplo escopo imaginativo.
Há muito tempo duas famílias banham em sangue as ruas de Verona. Enquanto isso, na penumbra das madrugadas, ardem as brasas de um amor secreto. Romeu, filho dos Montéquio, e Julieta, herdeira dos Capuleto, desafiam a rixa familiar e sonham com um impossível futuro, longe da violência e da loucura. Romeu e Julieta é a primeira das grandes tragédias de William Shakespeare, e esta nova tradução de José Francisco Botelho recria com maestria o ritmo ao mesmo tempo frenético e melancólico do texto shakespeariano. Contando também com um excelente ensaio introdutório do especialista Adrian Poole, esta edição traz nova vida a uma das mais emocionantes histórias de amor já contadas.
Em Veneza, Otelo, um general mouro a serviço do Estado, conquista Desdêmona, uma jovem, filha de um nobre local. Após enfrentar a ira do pai e defender-se com sucesso contra a acusação de tê-la "enfeitiçado", ele parte a Chipre em companhia da esposa para combater o inimigo turco?otomano. Lá, seu alferes, o manipulador Iago, consegue paulatinamente instilar na mente do mouro a suspeita de que Desdêmona o traiu. Otelo é a tragédia em que Shakespeare estudou os mecanismos da imaginação, da paixão e do ciúme. Em nova tradução de Lawrence Flores Pereira, que recria a linguagem grandiosa de Otelo e a prosa nefasta de Iago, esta nova edição é acompanhada de uma longa introdução e notas contextuais do tradutor, bem como de um ensaio de W. H. Auden.
Macbeth é um general do exército escocês muito apreciado pelo seu monarca, o rei Duncan, por sua lealdade e seus préstimos guerreiros. Um dia, ele e Banquo, outro general, são abordados por três bruxas, que fazem os seguintes vaticínios: Macbeth será rei, Banquo é menos importante, mas mais poderoso que Macbeth, e os filhos de Banquo serão reis. Macbeth não compreende as confusas palavras das aparições, mas elas calam fundo dentro de si. Ele relata o estranho encontro para a mulher, Lady Macbeth, uma das mais perfeitas vilãs da literatura, que, ambiciosa, exerce seu poder sobre o marido, levando-o a cometer o gesto fatal de traição ao rei que desencadeará a tragédia dos dois e uma reviravolta na corte.
Neste volume da coleção, é retratada a figura de um dos monarcas mais importantes da história inglesa, cujo reinado trouxe paz para o povo e estabeleceu o poder da monarquia. Na peça, o herdeiro de Henrique iv batalha heroicamente ao lado de seus soldados, nos conflitos que se deram em virtude da invasão inglesa ao território francês e que fizeram parte da lendária Guerra dos Cem Anos. O texto, permeado de discursos nacionalistas, exalta os feitos do grande líder e traz à tona questões políticas e sobre a natureza da guerra que, com a genialidade da escrita do bardo, se mostram extremamente atuais. Um dos dramas históricos mais aclamados e patrióticos de William Shakespeare, A vida do rei Henrique v encerra a tetralogia formada pelas peças A tragédia do rei Ricardo ii e Henrique iv (primeira e segunda partes).
“Na palavra ‘sonho’ há uma natural conotação de despojamento, incerteza; ‘sonho’ pode ser qualquer um, qualquer coisa (...)” – assim Harold Bloom esmiúça o título desta que é considerada a primeira obra-prima de Shakespeare, drama singular em sua produção. Nesta fábula, há uma variedade de temas e relações, onde folclore e mitologia aliados ao encadeamento mágico e trágico compõem um painel onírico jamais visto em nenhuma das obras do dramaturgo inglês. Essa polifonia talvez seja a grande virtude deste texto em que Shakespeare utiliza-se de uma fina e inteligente comicidade para deixar a reverência a deuses e reis de lado, apresentando tais seres veneráveis sob aspectos pouco solenes; seres cuja elevação resida mesmo em suas próprias insuficiências e imperfeições, reforçando o caráter essencialmente universalista da obra do bardo inglês.
Shakespeare inspirou-se em duas fontes para desenvolver esse clássico sem fronteiras espaciais e temporais: Il Pecorone e Gesta Romanorum – a primeira é uma coletânea de novelle italianas escritas por Giovanni Fiorentino e a segunda, de autoria ainda desconhecida, nasceu no século XIII, mas teve duas edições em inglês no século XVI. o mercador de Veneza é uma das obras mais populares e debatidas desse grande nome da literatura universal – trata-se de um drama trágico, com pitadas de romantismo e comédia. Questões mais profundas se entrelaçam e sustentam a emoção do enredo, tais relações como o ódio, o orgulho, o dinheiro, o amor, a amizade, a ingenuidade e a maledicência. Sem dúvida, é uma das obras mais importantes da dramaturgia literária mundial; escrita em 1594, a narrativa ganhou adaptações em filmes e peças em todo o mundo. A trama que envolve o vilão Shylock e o mocinho Antonio encanta leitores e plateias a mais de quatro séculos, nos transportando para uma Veneza histórica e fascinante.
A Megera Domada é uma das primeiras comédias de Shakespeare. Com leveza e inteligência, ela dosa o humor de forma genial numa trama que discute a relação entre o amor e o casamento. Apresar de retratar os costumes do século XVI, a guerra dos sexos travada pelos personagens evidencia conflitos ainda vicos na sociedade atual.