Ideal para momentos de introspecção ou para os amantes de literatura que buscam narrativas curtas e impactantes, os livros de Dalton Trevisan são uma verdadeira imersão na vida cotidiana e nos dramas humanos mais intensos. Conhecido como "O Vampiro de Curitiba", Trevisan tem um estilo único de escrita, marcado por frases curtas, diálogos afiados e uma visão crua e por vezes irônica da condição humana. Seus contos exploram temas como solidão, amor, hipocrisia social e violência, ambientados principalmente em Curitiba, sua cidade natal, que ganha um ar quase mítico em suas obras. Entre seus títulos mais famosos estão "O Vampiro de Curitiba", "A Polaquinha" e "Cemitério de Elefantes", todos exemplares da habilidade do autor em transformar o cotidiano em material literário. Na hora de escolher um livro de Dalton Trevisan, é importante verificar o formato, já que muitos de seus títulos são coletâneas de contos, e considerar qual fase da obra do autor mais desperta interesse, pois seus temas e abordagens podem variar ao longo dos anos. A leitura é altamente recomendada para quem aprecia um retrato denso e muitas vezes desconfortável da alma humana. Querendo conhecer mais sobre a sua obra? Conheça a escolha dos nossos editores para os melhores livros do escritor Dalton Trevisan para você comprar on-line.
Da constelação de sua vasta produção literária, Dalton Trevisan selecionou 94 contos. Com prefácio do crítico Augusto Massi, esta Antologia pessoal proporciona, ao mesmo tempo, um rito de iniciação aos novos leitores e, àqueles que já são íntimos do Vampiro de Curitiba, um inventário de suas melhores histórias. Integralmente dedicado à literatura e um mestre da privacidade, Trevisan é dos autores com maior produção na literatura brasileira das últimas décadas, sem jamais reduzir sua força criativa, de caráter experimental, expressiva e transformativa. Neste novo autorretrato, a mais ampla e representativa de suas antologias, reúne contos de Novelas nada exemplares (1959) até O beijo na nuca (2014), deixando antever suas referências literárias, as diferentes formas narrativas que adotou ao longo da carreira e o “bazar poético” – nas palavras de Augusto Massi – de suas frases e aforismos. Demonstrando a longevidade e a contemporaneidade da obra de Dalton Trevisan, Antologia pessoal reafirma a sua inquestionável potência como um dos mais importantes contistas da literatura brasileira.
O livro que consolidou Dalton Trevisan como um dos maiores autores do Brasil retorna com nova capa e textos de orelha e quarta capa assinados por César Aira e Marçal Aquino, ilustres figuras da literatura nacional e internacional. Cemitério de elefantes , publicado originalmente em 1964, é o livro que consolidou Dalton Trevisan como um dos maiores escritores do Brasil. Depois de uma calorosa recepção na estreia, com o livro Novelas nada exemplares , de 1959, crítica e leitores se renderam de vez aos contos minimalistas e ao olhar atento do escritor curitibano. Não por acaso, pois alguns dos melhores momentos do autor estão neste livro. É o caso de “Uma vela para Dario”, que virou um clássico do repertório daltoniano, ao escancarar a crueldade do ser humano em uma situação-limite. A derrocada do homem, rural e urbano, é retratada em contos poderosíssimos, nos quais Trevisan destila os temas que o consagraram: traição (“A margem do rio”), ciúme (“Caso de desquite”), abuso (“Questão de família”), violência doméstica (“Ao nascer do dia”), patriarcado (“O primo”), prostituição (“Dinorá, moça do prazer”) e ainda todo tipo de sentimento que costuma alimentar a “guerra conjugal”, como tão bem definiu o próprio autor em outro livro célebre. Há ainda, claro, os bêbados da beira do rio, no conto-título, um retrato impiedoso das chagas da metrópole. Mas esses contos seriam apenas histórias comuns, ouvidas “atrás da porta”, não fosse a genial linguagem criada e lapidada à exaustão pelo autor – quando as elipses falam mais do que páginas e páginas de enredo. Assim, Cemitério de elefantes se tornou um capítulo importante do imenso romance sobre a vida privada que Dalton Trevisan vem escrevendo há décadas e que cravou definitivamente seu nome entre os maiores autores de nossa literatura. Para o escritor e roteirista Marçal Aquino, que assina o texto de quarta capa desta mais nova edição: “ Cemitério de elefantes é a pedra fundamental do monumento literário que Dalton Trevisan construiu nos últimos sessenta anos.”
Ganhador do Prêmio Camões 2012, Dalton Trevisan reedita sua obra de maior destaque com um conto inédito, "A velha querida". Assim como um vampiro é capaz de tudo em sua busca por sangue, os personagens dos contos que compõem este O vampiro de Curitiba buscam, sem culpa, pudor ou censura, o prazer a qualquer custo. Considerado uma obra-prima do autor, este livro traz Dalton Trevisan em sua forma mais clássica: objetivo, conciso, minimalista e afeito a referências literárias de toda sorte, levando sua mistura de ironia e pessimismo aos extremos da degradação humana. Estas histórias representam situações-limite que, por seu absurdo, contêm elementos de paródia, humor e fantasia, ao mesmo tempo em que exploram a crueldade e a sordidez revelados nos impulsos mais profundos do ser humano.
Publicado originalmente em 2006, e considerado um ponto de virada na trajetória de Dalton Trevisan, Macho não ganha flor ganha nova capa e textos de orelha e quarta capa de Augusto Massi e Caetano W. Galindo. Temas centrais na obra de Dalton Trevisan, violência e sexo ganham ainda mais relevância nos contos de Macho não ganha flor , cuja primeira edição é de 2006. Consagrado ainda nos anos 1960 por seu olhar atento sobre a realidade, o escritor curitibano transpõe para o século XXI os dramas protagonizados por gente violenta, oprimida, pobre e fracassada. Os Joões e Marias de outrora agora estão usando crack, os malandros adaptaram-se a novos golpes, e a violência, esganiçada, ultrapassou todos os limites – o livro se passa em um tempo quando nada mais parece constranger vítimas e algozes. Essas histórias fazem corar o mais alienado dos leitores. Os personagens envoltos na bruma do anonimato são, aqui, postos em evidência. Flertando com a crônica policial, Trevisan oferece protagonismo aos seus anti-heróis, que narram em primeira pessoa as desgraças vividas nas grandes cidades. “Viver na Vila, cara, é muito perigoso”, resume um dos narradores. Nessas histórias, é como se a célebre frase de Dalton ressoasse a todo instante: “Em cada esquina de Curitiba um Raskólnikov te saúda, a mão na machadinha sob o paletó.” Em 22 contos curtos, Macho não ganha flor mostra um autor – à época já octogenário – em pleno domínio de sua arte e atento aos movimentos da sociedade que o cerca. Um ficcionista que não sossega o olhar de cronista e presenteia os leitores com um verdadeiro clássico moderno.
Contos eróticos, importante antologia de Dalton Trevisan organizada pelo próprio autor, retorna com nova capa, texto de orelha assinado por Fernanda Torres e uma tirinha inédita de Laerte. Nelsinho, o vampiro que se alimenta de sexo, herói criado por Dalton Trevisan e protagonista do conto “A noite da paixão”, originalmente lançado no clássico O Vampiro de Curitiba (1965), reaparece ao lado de outros personagens “doentes de amor” em Contos eróticos , antologia organizada pelo próprio Dalton. Entre os dezesseis contos reunidos aqui, figuram alguns clássicos do vasto repertório do Vampiro de Curitiba: “Dinorá, moça do prazer”, “Cântico dos cânticos”, “Lincha tarado, lincha”, “Meu querido assassino” e “Mister Curitiba”. Essas histórias estão envoltas em uma rica fabulação, típica da obra de Dalton Trevisan e que o coloca em um restrito grupo de escritores que criaram verdadeiros “mundos ficcionais”. Valendo-se de sua consagrada escrita econômica, Trevisan abarca uma infinidade de temas no arco “sexual”: da culpa ao pecado; do estupro à virgindade; da traição ao desejo. Sempre mantendo subliminarmente um diálogo com a religiosidade, outra característica marcante de seus personagens. Em texto de orelha inédito, escrito especialmente para essa nova edição, a atriz, escritora e roteirista Fernanda Torres comenta que “o desejo, neste livro, é sinônimo de miséria, é sexo sem misericórdia, culpa sem perdão. Contos eróticos , anuncia a capa, eu diria obscenos. Obscenos seria o termo mais exato para esta seleção de pérolas.” Publicados entre as décadas de 1960 e 1980, estes Contos eróticos mostram como Dalton Trevisan atravessa o tempo mantendo-se relevante e atual. Mesmo discorrendo sobre um assunto tão fluído, amplo e propício a novas interpretações como o sexo.
Dalton Trevisan, grande mestre da literatura brasileira e vencedor dos principais prêmios literários – como o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (ABL) –, e Odilon Moraes, também um mestre, mas do desenho e das cores, unem-se em O ciclista para contar a história de um jovem que, voando em uma bicicleta, desafia o trânsito da cidade. “Curvado no guidão lá vai ele numa chispa”, relata o narrador de O ciclista ao abrir para os leitores a história dessa fugaz personagem. Disparando com sua bicicleta pelo labirinto urbano formado por carros, ônibus e caminhões, o ciclista supera todos os obstáculos. Ou será que não?Antes de ser ilustrado pelo multitalentoso artista Odilon Moraes, o conto que deu origem a esta edição inédita foi retrabalhado pelo autor e republicado algumas vezes ao longo dos anos. “O ciclista” apareceu duas vezes no periódico Gazeta do Povo, nos anos 1950, tanto em forma de reportagem quanto em formato ficcional. Quando, enfim, chegou aos livros, integrou obras célebres do autor, como Desastres do amor (1968), Mistérios de Curitiba (1968) e O beijo na nuca (2014), sempre trazendo um retrato renovado sobre o homem montado no selim e a cidade em que vive.A coragem e a rapidez do ciclista em meio aos perigos urbanos são celebradas pelo narrador, ao passo que a “indesejada das gentes” mantém sua presença sem nenhum abalo: a todo tempo a morte insiste em pedir carona, mesmo diante das recusas daquele a quem importuna, que finge não vê-la. No entanto, ainda que tente ignorá-la, o homem, “indefeso e frágil que é”, fica vulnerável diante do monstro gigante, o caminhão, em seu próprio labirinto, o espaço urbano, e sofre um acidente. Mas os enigmas de Dalton ninguém pode decifrar, e o conto termina envolto em mistério.Segundo Augusto Massi, professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo (USP), em um texto que fornece chaves de leitura e dicas para o trabalho em sala de aula, “Dalton embaralha realidade e ficção com maestria”. Massi considera, ainda, que “virando a esquina do século XXI, o conto continua extremamente atual. Do mesmo modo que a moviola de Dalton Trevisan recriou a odisseia do ciclista no espaço de um único dia, o ilustrador Odilon Moraes soube capturar todos os elementos trágicos e líricos num prolongado travelling cinematográfico.” Da combinação da prosa acelerada de Dalton com as ilustrações igualmente ágeis, de Odilon surgiu O ciclista, obra primorosa que tornou a escrita de um de nossos maiores escritores vivos acessível a leitores de todas as idades.
Neste livro de contos, o curitibano Dalton Trevisan retrata os pequenos dramas e personagens de sua cidade atingindo, de forma contundente, os homens de qualquer lugar do mundo Os mistérios acontecem em Curitiba ― também recriada pelos dons poéticos do autor ―, uma cidade vista pelos olhos de um sujeito que é mais sensível que a maioria de seus concidadãos para descobrir coisas que eles não veem, mas seus olhos enxergam, atravessando paredes e muros. Nesta narrativa todo homem se chama João e toda mulher se chama Maria. O velha estória dos irmãos, não somente feita de amor, mas de frustrações, porque aí é que está a coisa: cada um de nós é um João ou uma Maria, aqui não apenas amando, mas sobretudo enganados, por tantos motivos mil, pelas ilusões do amor. Dalton Trevisan tece variações inúmeras em torno dum tema só (e haverá tema mais importante que este?), às vezes impiedosamente, mas sempre com senso de humor difícil de conseguir (e ele consegue) no tratamento de coisa tão séria, tão fundamental.
Nesta antologia de contos estão presentes trinta histórias protagonizadas pelos mais variados personagens. O professor e a aluna, a noiva, o tio, o padrasto e a viúva transitam pelas paisagens de Curitiba, mas poderiam estar nas praças, casas, hotéis e escolas de qualquer cidade. Em Novos contos eróticos, a escrita de Dalton Trevisan, marcada pela perspicaz observação do cotidiano, vem carregada de provocação e mantém-se sempre atual.
Dalton Trevisan, autor de contos inesquecíveis e vencedor dos principais prêmios literários da língua portuguesa – como o Prêmio Camões e o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras (ABL) –, e o premiado artista Eloar Guazzelli se juntam neste livro para capturar a essência dos dias de Chuva . Em 1951, no jornal Gazeta do Povo, nasceu a primeira versão de “Chuva”, conto do premiado autor Dalton Trevisan. Agora, muitos anos depois, a história é relançada em um livro inédito ilustrado por Eloar Guazzelli, renomado ilustrador, quadrinista e diretor de arte brasileiro. Chuva é prosa poética que retrata o fenômeno natural como, ao mesmo tempo, cenário, personagem principal e coadjuvante. E como fenômeno social. Na vida de todos – dos que estão dentro de casa ou na rua, no centro ou na periferia –, ela está presente. Sobre ricos e pobres, humanos e animais, vivos e mortos, a chuva se impõe, não fazendo distinção de lugar, pessoa ou classe social. Tudo se transforma com sua chegada. E, gota a gota, ao longo da história narrada nesta obra, vai se formando um panorama da vida nas metrópoles, marcado pelos problemas urbanos que ela causa no dia a dia, bem como pelas diferentes realidades de vida que muito bem conhecemos. “O conto se estrutura neste dramático vaivém entre os que estão sitiados do lado de fora e os que travam uma luta feroz para adentrar na casa”, escreve Augusto Massi, professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo (USP), em seu texto sobre a obra, que fornece chaves para sua leitura e caminhos para o trabalho em sala de aula. “Pouco a pouco, Dalton nos revela uma expressão social da chuva. Por meio de uma série de perguntas, ele insinua como a chuva afeta a vida de quem trabalha: ‘Os turcos que vendem maçã na rua, que fim levaram?’; ‘Guardas abrem os braços na esquina e apitam: por que choves, Senhor?’; ‘E o sorveteiro, que faz do seu sorvete?’” As ilustrações do premiado artista Eloar Guazzelli complementam brilhantemente o que Dalton Trevisan escreveu no início dos anos 1950, e que reflete aspectos de nossa realidade até os dias de hoje. Afinal, desde que o mundo é mundo, e não existe maneira deste fato mudar, a chuva bate em todas as cabeças, telhados e chaminés. Embora Dalton, ao longo de sua carreira como contista, não tenha pensado em escrever para crianças, em Chuva temos a intensidade de sua prosa equilibrada com a sensibilidade das ilustrações de Guazzelli, o que torna esta pequena obra-prima acessível a leitores de todas as idades.