Isabel Allende, uma proeminente autora chileno-americana, é celebrada por suas obras que frequentemente exploram aspectos do realismo mágico, como evidenciado em seus romances de sucesso "A Casa dos Espíritos" (1982) e "Cidade dos Deuses Selvagens" (2002). Conhecida como a autora de língua espanhola mais lida no mundo, Allende foi agraciada com diversos prêmios, incluindo o Prêmio Nacional de Literatura do Chile em 2010 e a Medalha Presidencial da Liberdade, concedida pelo presidente Barack Obama em 2014. Suas narrativas, frequentemente baseadas em suas experiências pessoais e eventos históricos, homenageiam a vida das mulheres, mesclando elementos de mito e realismo. Conheça a seleção de nossas editoras dos melhores livros da escritora Isabel Allende que não podem faltar na sua coleção.
O box Trilogia A casa dos espíritos retrata o destino de uma família através da vida de três mulheres. Eliza Sommers, sua neta Aurora del Valle e sua descendente Clara del Valle viverão aventuras, contratempos e romances emocionantes, ao mesmo tempo que se tornam testemunhas e agentes de grandes mudanças de seu tempo.
Ambientado num país sem nome que bem poderia ser o Chile, o romance A Casa dos Espíritos narra a saga de uma poderosa família de proprietários de terras. No começo, o patriarca despótico Esteban Trueba constrói um império pessoal com mão de ferro, mas tudo começa a periclitar com a passagem do tempo e os efeitos de um ambiente social explosivo. Por fim, a decadência do patriarca arrastará os Trueba para uma dolorosa desintegração, que refletirá no âmbito privado as tensões políticas e espirituais de todo um território e de uma época. Com imaginação exuberante e impecável execução literária, Isabel Allende delineia a vida de seus personagens como parte indissolúvel do destino coletivo da América Latina, marcado por mestiçagem, injustiças sociais e busca de identidade.
Viena, 1938. Samuel Adler tem cinco anos quando seu pai desaparece durante a Noite dos Cristais - a noite em que sua família perde tudo. À medida que a segurança de seu filho se torna cada vez mais difícil de garantir, a mãe de Samuel consegue uma vaga para ele no trem Kindertransport, da Áustria nazista para a Inglaterra. Sozinho, o menino embarca levando apenas seu violino e o peso da solidão e da incerteza, que o acompanharão ao longo de sua vida. Arizona, 2019. Oito décadas depois, Anita Díaz e sua mãe embarcam em um trem, fugindo dos perigos iminentes em El Salvador e em busca de refúgio nos Estados Unidos. Mas a chegada delas coincide com a nova política de separação familiar, e Anita, de sete anos, se vê sozinha em um acampamento para criancas refugiadas. Assustada, ela se refugia da realidade em um lugar que só ela conhece: Azabahar. Um mundo mágico. Enquanto isso, Selena Durán, uma jovem assistente social, e Frank Angileri, um advogado de sucesso, lutam para reunir a menina e sua mãe, e porporcionar um futuro melhor para ela. Em O vento sabe meu nome, passado e presente se entrelaçam para contar o drama do desenraizamento, da compaixão e do amor. Um romance atual sobre os sacrifícios que os pais fazem pelos filhos, sobre a surpreendente capacidade de algumas crianças de sobreviver à violência sem parar de sonhar e sobre a tenacidade da esperança, que pode brilhar mesmo nos momentos mais sombrios. Uma história sobre as feridas profundas que a migração forçada produz e as pessoas que lutam para curá-las.
Violeta veio ao mundo em um dia tempestuoso de 1920, a primeira menina em uma família com cinco filhos. Desde o início, sua vida foi marcada por acontecimentos extraordinários: ainda era possível sentir os efeitos da Grande Guerra quando a gripe espanhola chegou ao seu país, pouco antes do seu nascimento. A família saiu ilesa dessa crise, mas não conseguiu enfrentar a seguinte. A Grande Depressão transformou totalmente a vida urbana que Violeta conhecia. Sua família perdeu tudo e foi forçada a se mudar para uma parte mais remota do país. Lá, ela cresceu e terá seu primeiro pretendente. Violeta narra sua história em uma carta a pessoa que mais ama nessa vida, contando decepções e casos amorosos, momentos de pobreza e riqueza, terríveis perdas e imensas alegrias, sempre permeando grandes eventos da história: a luta pelos direitos das mulheres, a ascensão e queda de tiranos e, em última análise, não uma, mas duas pandemias. Contada pelos olhos de uma mulher apaixonada, determinada e com senso de humor, Isabel Allende – autora de A casa dos espíritos, Muito além do inverno, Longa pétala de mar, entre outros – nos conduz por uma vida turbulenta na forma de um romance épico, inspirador e profundamente emocionante.
Em Mulheres de minha alma, Isabel Allende fala da experiência de ser mulher e mostra como o feminismo sempre esteve presente em sua vida. "A revolução feminista é, provavelmente, a mais importante da história." Ao comparar a atual revolução feminista com as revoluções próprias de sua vida, Isabel Allende, a escritora de língua espanhola mais lida no mundo, celebra a veia feminista que corre pulsante em toda sua obra literária. Em Mulheres de minha alma, Isabel Allende nos oferece uma emocionante narrativa de sua relação com o feminismo e com o fato de ser mulher, reivindicando, ao mesmo tempo, o direito de viver a vida adulta com sentimento, prazer e plena intensidade. A grande autora chilena nos convida a acompanhá-la nessa viagem pessoal e emocional em que rememora seus vínculos com o feminismo desde a infância até hoje. Relembra algumas mulheres imprescindíveis em sua vida, como as saudosas Panchita, sua mãe, Paula, sua filha, e a lendária agente literária Carmen Balcells; escritoras relevantes como Virginia Woolf e Margaret Atwood; jovens artistas que personificam a rebeldia de sua geração; ou, entre muitas outras, as mulheres anônimas que sofreram violência e, cheias de dignidade e coragem, levantaram-se e seguiram em frente… Elas são as mulheres que a inspiraram e acompanharam ao longo da vida, são as mulheres de sua alma. Por fim, em Mulher de minha alma, Isabel Allende também nos oferece reflexões sobre o movimento #MeToo (que ela apoia e celebra), sobre as recentes revoltas sociais em seu país de origem e — como não? — sobre a crise global provocada pela pandemia de Covid-19. Tudo isso sem perder aquela inconfundível paixão pela vida e a certeza de que, independentemente da idade, sempre há tempo para o amor.
Filha da fortuna é um retrato pulsante de uma época marcada pela violência e pela ganância, com protagonistas que resgatam valores como o amor, a amizade, a compaixão e a coragem. Eliza Sommers é uma jovem chilena que vive em Valparaiso no ano de 1849, mesmo período em que o ouro é descoberto na Califórnia. Seu amante, Joaquín Andieta, parte rumo ao norte determinado a fazer fortuna, e ela decide ir atrás dele. A jornada escondida no porão de um veleiro e a busca por seu amado em uma terra habitada por prostitutas e homens solitários atraídos pela febre do ouro transformam a jovem inocente em uma mulher fora do comum. Eliza recebe ajuda e carinho de Tao Chi’en, um médico chinês que a guiará por um itinerário memorável dos mistérios e das contradições da condição humana.
Dando continuidade à saga familiar de A casa dos espíritos e Filha da fortuna, este romance histórico ambientado no Chile do século XIX nos transporta para a perspectiva de Aurora del Valle. A jovem teve as primeiras lembranças de sua vida apagadas após sofrer um trauma que moldou seu destino. Criada por sua avó, a conceituada Paulina del Valle, Aurora cresce com uma liberdade incomum às mulheres da época e, apesar de todos os privilégios, é constantemente aterrorizada pelos mistérios do seu passado. Quando Aurora precisa enfrentar a solidão e a traição do homem que ama, ela decide explorar o mistério do seu passado. O resultado é um trabalho extraordinário da dimensão humana, centrada na memória e nos segredos de família, em que Isabel Allende atinge novos patamares.
Um relato memorialístico no qual Isabel Allende, autora de sucessos como A casa dos espíritos , De amor e de sombra e Inés da minha alma , conta a história recente de sua vida. Em A soma dos dias , Allende retoma a narrativa de Paula , sua primeira obra autobiográfica, relembrando os acontecimentos posteriores à perda da filha, vítima de uma doença rara. A soma dos dias é, em essência, a história de amor entre uma mulher e um homem - Allende é casada com William C. Gordon, advogado e também escritor - que, envoltos por uma grande e moderna família, venceram juntos muitos obstáculos sem perder a paixão e o humor. "Gostamos uns dos outros e escolhemos viver assim, próximos", disse a autora, em entrevista, a respeito de sua casa estar sempre repleta de familiares e amigos. "Recebemos e imediatamente pensamos em retribuir o amor. Existe confiança, respeito e boas intenções entre nós. Somos leais uns aos outros, defendemos nossa pequena comunidade e tentamos enriquecê-la. Celebramos uns aos outros e nos ajudamos em momentos de tristeza." Além das muitas revelações íntimas e familiares, cartas, conversas e lembranças felizes e outras nem tanto, a autora traça um abrangente painel sobre a sociedade norte-americana das últimas duas décadas, do ponto de vista de uma chilena radicada na Califórnia. Com a característica prosa emocional e irônica, marca registrada de sua escrita, Isabel Allende fala de êxitos, dores, livros, drogas, desilusões, paixões e viagens. Em algumas delas, Allende esteve no Brasil, onde se deslumbrou com a Amazônia, visitou um afetuoso Jorge Amado na Bahia e viveu momentos tensos no Rio de Janeiro. A soma dos dias reúne, em narrativa peculiar, episódios e sensações que marcaram a vida de Isabel Allende como escritora e, principalmente, como mulher e personagem do mundo globalizado e contemporâneo.
Em 1991, a filha de Isabel Allende, Paula, ficou gravemente doente e foi internada em um hospital na Espanha. A escritora acompanhou o sofrimento de Paula durante meses, em coma provocado por uma doença rara. Ao lado do leito da filha inconsciente, Isabel fez anotações em um caderno, escrevendo coisas com o intuito de lembrar a Paula quem ela era e de onde vinha, imaginando que Paula, ao despertar, poderia ter perdido a memória. A história que Isabel Allende escreve não é somente a sua: é a de sua família, a de seu país, a da América Latina de meados do século 20. De ancestrais bizarros a lembranças da infância; de peripécias da juventude aos anos de chumbo no Chile em plena ditadura militar. Paula morreu em 6 de dezembro de 1992. No dia 8 de janeiro de 1993, Isabel Allende pegou o material contido nesse caderno, além das 108 cartas que havia trocado com Panchita, sua mãe, no decorrer do ano anterior, releu tudo e foi colocando em ordem cronológica o que havia acontecido. Ao perceber que a morte tinha sido mesmo a única saída para a filha, ela foi organizando em sua cabeça e em seu coração tudo o que havia acontecido. Ao colocar isso no papel, Paula foi ressurgindo viva. Em Paula, Isabel Allende nos faz rir, chorar, se emocionar, se aterrorizar e celebra a vida com a coragem de uma mulher que soube dar a volta por cima.
Depois de a sua mãe adoecer, o jovem Alexander Cold parte com a extravagante avó Kate numa expedição da International Geographic à selva amazónica, em busca de um estranho animal que muito pouca gente viu e que os indígenas chamam de «a besta». Os outros membros da expedição, dirigida por um petulante antropólogo, são dois fotógrafos, uma bela médica, um guia brasileiro e a sua surpreendente filha Nadia, com quem Alexander trava uma amizade especial. Entre as missões da expedição está também a de vacinar os escorregadios índios, conhecidos como «o povo do nevoeiro». Uma história emocionante, que alerta para os problemas ecológicos e para o drama terrível da extinção das tribos índias da região do Amazonas como consequência direta da exploração desenfreada e irresponsável praticada pelos brancos. A Cidade dos Deuses Selvagens é uma viagem repleta de perigos, maravilhosas experiências e espetaculares surpresas, que irá certamente agradar não só ao público juvenil, como também aos habituais leitores de Isabel Allende.