O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) frequentemente inclui questões relacionadas a obras literárias conhecidas, tanto da literatura brasileira quanto da literatura mundial. Livros como "Dom Casmurro" de Machado de Assis, "Vidas Secas" de Graciliano Ramos e "Memórias Póstumas de Brás Cubas", também de Machado de Assis, são obras frequentemente recomendadas para o estudo para este exame. Esses livros oferecem uma profunda análise social, psicológica e cultural do Brasil, além de empregar técnicas literárias diversas que são relevantes para a compreensão da literatura como um todo. O INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão responsável pela prova, não tem nenhuma lista de livros obrigatórios mas fizemos uma pesquisa de autores e obras que mais caíram e fizemos uma lista de livros para você se deliciar com a genialidade de: Machado de Assis, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Clarisse Lispector, Carlos Drummond de Andrade entre outros.
Escrito em 1880 em folhetins, este clássico da literatura brasileira é considerado o precursor do Realismo. Se você não cismar de sofrer com a língua que é diferente do português que a gente usa hoje em dia, vai se divertir a valer com essa história narrada por um personagem morto que, de seu túmulo, se dirige aos leitores para criticar a sociedade da época. Nesta edição especial você tem o texto integral acompanhado de explicações e links bem espertos que o ajudarão a compreender melhor a trama, diferentes estilos de ilustrações e um encarte com o mapa dos personagens para você lembrar quem é quem no romance de Machado de Assis.
Escrito em 1899, este clássico da literatura brasileira é considerado uma das mais famosas obras do Realismo. Se você não cismar de sofrer com a língua que é diferente do português que a gente usa hoje em dia, vai se envolver à beça nessa história de amor entre Capitu e Bentinho, um dos romances mais famoso de todos os tempos. Nesta edição especial você tem o texto integral acompanhado de explicações e links bem espertos que o ajudarão a compreender melhor a trama, diferentes estilos de ilustrações e um encarte com o mapa dos personagens para você lembrar quem é quem no romance de Machado de Assis.
Publicado originalmente em 1956, Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, revolucionou o cânone brasileiro e segue despertando o interesse de renovadas gerações de leitores. Ao atribuir ao sertão mineiro sua dimensão universal, a obra é um mergulho profundo na alma humana, capaz de retratar o amor, o sofrimento, a força, a violência e a alegria. Esta nova edição conta com novo estabelecimento de texto, cronologia ilustrada, indicações de leituras e célebres textos publicados sobre o romance, incluindo um breve recorte da correspondência entre Clarice Lispector e Fernando Sabino e escritos de Roberto Schwarz, Walnice Nogueira Galvão, Benedito Nunes, Davi Arrigucci Jr. e Silviano Santiago. Dispostos cronologicamente, os ensaios procuram dar a ver, ao menos em parte, como se constituiu essa trama de leituras. A capa do volume é reprodução da adaptação em bordado do avesso do Manto da apresentação, do artista Arthur Bispo do Rosário, com nomes dos personagens de Grande sertão: veredas. O projeto gráfico conta ainda com desenhos originais de Poty Lazzarotto, que ilustrou as primeiras edições do livro.
Graciliano Ramos nasceu em 1892, no interior de Alagoas, e cresceu na fazenda do pai antes de se mudar para a capital do estado e, posteriormente, para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar na imprensa. Em 1937, foi preso sob vagas acusações de defender ideologias comunistas. Ao deixar a prisão, procurou trabalho como jornalista em um jornal do Rio de Janeiro. O editor então lhe permitiu publicar um texto curto, e Graciliano escreveu um conto chamado “Baleia”, sobre o sofrimento e a morte da cachorrinha de uma família de retirantes sertanejos. O conto fez sucesso e o jornal encomendou outros no mesmo estilo. Graciliano produziu então um conto para cada membro da família: o pai, a mãe e os dois filhos. Nascia assim Vidas secas, narrado em terceira pessoa, com treze capítulos que, por não terem uma linearidade temporal, podem ser lidos fora de ordem, como contos. Lançado originalmente em 1938, Vidas secas retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra. Vidas secas pertence à segunda fase modernista da literatura brasileira, conhecida como “regionalista” ou “romance de 30”. Denuncia fortemente as mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino. É o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa: o que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.
Obra que reúne as poesias completas de Manuel Bandeira, que se destaca em nossa literatura por solidificar a poesia modernista em todas as suas implicações: o verso livre, liberdade criadora, linguagem coloquial, irreverência e a ampliação das temáticas comumente usadas nesse período, cultivando a capacidade de extrair poesias das coisas mais simples.
O Guarani – um dos romances mais importantes de José de Alencar – foi uma das primeiras obras criadas com o objetivo de fundar uma literatura brasileira autônoma em relação à tradição portuguesa. Foi inicialmente publicada em forma de folhetim, em meados de 1857, concedendo grande popularidade a Alencar. Quando, no final do mesmo ano, foi transformado em livro, sofreu pequenas modificações. Em meio à história de amor entre o índio Peri e a moça branca Ceci, José de Alencar cria uma narrativa épica, cheia de amor, aventura, traição, lutas e vingança, prendendo a atenção do leitor a cada nova página. O romance proclama a brasilidade, focando importantes aspectos da realidade brasileira do século XVII: o índio e o branco; a cidade e o campo; o sertão e o litoral.
Publicado em 1930, numa pequena tiragem não comercial de apenas quinhentos exemplares - sob os auspícios de uma certa edições Pindorama, pura ficção jocosa -, Alguma poesia assinala a estreia de um autor que, então com 28 anos, iria revolucionar a poesia de língua portuguesa no século XX. Não é para menos. Com peças como “Poema de sete faces”, “Infância”, “No meio do caminho”, “O sobrevivente”, entre tantos outros textos decisivos, o livro demonstra já a enorme maturidade do jovem Drummond, ainda estabelecido em Belo Horizonte. Dois anos antes, Drummond havia causado escândalo entre as hostes literárias ao publicar, na Revista de Antropofagia, o poema “No meio do caminho”. Era o início da carreira de escândalo do poema, reconstruída na década de 1960 pelo próprio autor em um livro que reuniria os ataques, as paródias e as contendas relacionadas ao poema. Mas para além da polêmica, Alguma poesia já apresenta aquilo de melhor que Carlos Drummond de Andrade iria oferecer ao longo de quase 60 anos de uma das carreiras mais fecundas da literatura moderna: o lirismo, o humor, o tom meditativo e irônico, a observação desencantada dos fatos, o sensualismo, a reflexão aguda sobre o amor e a morte. Contando com um posfácio do poeta e crítico Eucanaã Ferraz, um dos grandes intérpretes da obra drummondiana nos tempos atuais, esta edição de Alguma poesia, com texto estabelecido e caderno de imagens, é uma nova - e extraordinária - oportunidade para o leitor brasileiro entrar em contato com um de seus grandes autores. E é uma promessa de reencontro para todos aqueles que desejam ler alguns dos mais emblemáticos poetas da nossa literatura.
Desde o seu lançamento, em 1937, Capitães da Areia causou escândalo: inúmeros exemplares do livro foram queimados em praça pública, por determinação do Estado Novo. Ao longo de sete décadas a narrativa não perdeu viço nem atualidade, pelo contrário: a vida urbana dos meninos pobres e infratores ganhou contornos trágicos e urgentes. Várias gerações de brasileiros sofreram o impacto e a sedução desses meninos que moram num trapiche abandonado no areal do cais de Salvador, vivendo à margem das convenções sociais. Verdadeiro romance de formação, o livro nos torna íntimos de suas pequenas criaturas, cada uma delas com suas carências e suas ambições: do líder Pedro Bala ao religioso Pirulito, do ressentido e cruel Sem-Pernas ao aprendiz de cafetão Gato, do sensato Professor ao rústico sertanejo Volta Seca. Com a força envolvente da sua prosa, Jorge Amado nos aproxima desses garotos e nos contagia com seu intenso desejo de liberdade.
Último livro escrito por Clarice Lispector, A hora da estrela é também uma despedida. Lançada pouco antes de sua morte em 1977, a obra conta os momentos de criação do escritor Rodrigo S. M. (a própria Clarice) narrando a história de Macabéa, uma alagoana órfã, virgem e solitária, criada por uma tia tirana, que a leva para o Rio de Janeiro, onde trabalha como datilógrafa. Em A hora da estrela Clarice escreve sabendo que a morte está próxima e põe um pouco de si nas personagens Rodrigo e Macabéa. Ele, um escritor à espera da morte; ela, uma solitária que gosta de ouvir a Rádio Relógio e que passou a infância no Nordeste, como Clarice. A despedida de Clarice é uma obra instigante e inovadora. Como diz o personagem Rodrigo, "estou escrevendo na hora mesma em que sou lido". É Clarice contando uma história e, ao mesmo tempo, revelando ao leitor seu processo de criação e sua angústia diante da vida e da morte. Macabéa, a nordestina, cumpre seu destino sem reclamar. Feia, magra, sem entender muito bem o que se passa à sua volta, é maltratada pelo namorado Olímpico e pela colega Glória. Os dois são o seu oposto: o metalúrgico Olímpico sonha alto e quer ser deputado, e Glória, carioca da gema e gorda, tem família e hora certa para comer. Os dois acabam juntos, enquanto Macabéa, sozinha, continua a viver sem saber por que está vivendo, sem pensar no futuro nem sonhar com uma vida melhor. Até que um dia, seguindo uma recomendação de Glória, procura a cartomante Carlota, uma ex-prostituta do Mangue, que revela a Macabéa toda a inutilidade de sua vida. Mas também enche-a de esperança, prevendo a paixão por um estrangeiro rico, com quem ela iria se casar.
Obra magistral de Darcy Ribeiro, um dos maiores antropólogos brasileiros, "O Povo Brasileiro" é uma tentativa de compreender quem somos, o que somos e a importância do nosso país. Este clássico retrata o inconformismo pela desigualdade social e percorre a história da formação da civilização brasileira..