Virgulino Ferreira da Silva mais conhecido como Lampião, é uma figura controversa da história brasileira. Conhecido como líder do cangaço, um movimento que ocorreu no Nordeste do Brasil durante as primeiras décadas do século XX que é definido pelo Wikipedia como "...fenômeno do banditismo, crimes e violência ocorrido em quase todo o sertão do Nordeste do Brasil. Para muitos especialistas o cangaço nasceu como uma forma de defesa dos sertanejos diante de graves problemas sociais e da ineficácia do Estado em manter a ordem e aplicar a lei...". Nascido em 1898, Lampião cresceu em um ambiente rural empobrecido e tornou-se cangaceiro após a morte de seu pai em um conflito com a polícia. Conhecido por sua astúcia, habilidade no manejo de armas e táticas de guerrilha, seu bando era notório por sua mobilidade e capacidade de escapar das forças da lei, e Lampião tornou-se uma lenda, tanto temido quanto admirado. Ele e seu bando estavam envolvidos em numerosos confrontos violentos, com a polícia e outros grupos de cangaceiros. A saga de Lampião terminou em 1938, quando ele e parte de seu bando foram emboscados e mortos pela polícia. Sua figura permanece um símbolo complexo refletindo as tensões sociais e econômicas do Nordeste brasileiro da época .Conheça a seleção de nossos editores para os melhores Livros sobre a vida de Lampião com venda on-line. (Fonte 1: Wikipedia - Cangaço )
A vida de Lampião (1897-1938) não se resume a seu extenso prontuário de crimes violentos. O maior cangaceiro de todos os tempos viveu entre cantigas e massacres, riquezas e provações, poder e paixão, e a despeito de sua crueldade tornou-se uma espécie de mártir dos oprimidos, além de uma das figuras capitais do imaginário popular brasileiro. Provável autor da cantiga “Mulher rendeira”, espécie de hino do bando durante a invasão das cidades sertanejas, Lampião adquiriu sua alcunha devido ao fogo certeiro de sua habilidade no manejo do rifle e da pistola. Na década de 1920, estabelecida na margem esquerda do São Francisco, nos áridos sertões de Pernambuco, da Paraíba e do Ceará, sua reputação como justiceiro do sertão não demorou a espalhar-se pela margem direita e daí para as capitais do sul do país. A trilha de terror espalhada por seu bando em todo o sertão nordestino paradoxalmente rendeu-lhe a fama de bandido amigo dos pobres, misto de Robin Hood e Antônio Conselheiro que na realidade atuava como um verdadeiro coronel. Pesquisadora titular da Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, Isabel Lustosa traça um panorama da vida e do tempo de Lampião por meio de uma ampla documentação bibliográfica e iconográfica. A violência de um cotidiano marcado pela exploração e pela miséria é o ponto de partida de sua investigação sobre a personalidade enigmática de Virgulino, dando-lhe acesso privilegiado às origens humanas e sociais do mito.
Lampião já foi apontado por muitos como bandido e por outros como produto das injustiças sociais. Polêmicas à parte, não restam dúvidas de que ele permanece magnetizando a curiosidade de todos. Mito ainda em vida, sua morte só fez aguçar toda a mística que cerca sua trajetória. Afinal de contas: quem matou Virgulino Lampião? Através de uma linguagem certeira e ancorado por caudalosa documentação escrita e ampla gama de depoimentos orais, Frederico Pernambucano de Mello contextualiza historicamente as ações de Lampião e seu bando nas primeiras décadas do século XX e desata o nó que até então existia a respeito do assassinato de uma das figuras mais admiradas e, ao mesmo tempo, temidas de nossa história.
A imagem de Lampião narrada pelos seus contemporâneos é fortemente marcada pelo pathos e pela emoção. Ele foi o primeiro cangaceiro a cuidar de sua personagem utilizando métodos de comunicação - especialmente a imprensa e a fotografia - para impor a imagem que queria de si mesmo. A contra-imagem foi devolvida regularmente a cargo dos diferentes protagonistas da luta contra o cangaço. Os documentos sobre a vida de Lampião são inumeráveis - biografias obras de ficção relatos orais autos de processos telegramas poemas de cordel entre muitos outros. A documentação farta e cheia de contradições reflete as diferenças de percepção da personagem segundo contextos e narradores diferentes. A historiadora Élise Grunspan-Jasmin busca neste livro construir a biografia de Lampião repercutindo as diferentes vozes envolvidas nessa construção abrindo-lhes espaço e ao mesmo tempo analisando seu discurso para revelar a sua polissemia.
Apresenta fatos e pormenores de como se conseguiu chegar ao célebre combate de Angico. As coincidências e o acaso dando as mãos para acarretar o fim do maior cangaceiro der todos os tempos. Se as pessoas que figuram no episódio trágico de angico não colaborassem, narrando, esclarecendo, informando, elucidando suas participações, este livro não teria sido escrito. Tanto do lado dos cangaceiros sobreviventes quanto ao lado dos soldados da tropa de João Bezerra, e quebrando o silêncio de quase quatro décadas, as declarações importantíssimas dos coiteiros; um denunciando à polícia e outro sendo levado pela força do medo e da intimidação a indicar o local do coito de Lampião.
Revisitar o cangaço no aniversário de 80 anos da morte de Lampião, o mais importante símbolo do Cangaço, é uma maneira de aprofundar os debates sobre as muitas histórias possíveis de serem recontadas. O que as novas pesquisas têm a dizer sobre o fenômeno Cangaço? A Mauad X apresenta a 3a. edição, revista e ampliada, da magnífica obra de Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barros, maior autoridade sobre este tema.
Um livro intrigante sobre Virgolino Lampião, o famoso Lampião. Considerado o maior dos cangaceiros, Lampião teve uma vida cheia de mistérios e enigmas. A sua própria morte é tema de grandes controvérsias. Cicinato Ferreira, historiador e pesquisador cearense, não ousa dar respostas definitivas às indagações que envolvem os apaixonados pelo cangaço. Contudo, apresenta ao leitor mais variadas versões sobre aspectos da trajetória lampiônica, contribuindo para que este possa separar o que é crível ou razoável do que é apenas fantástico e lendário. O autor confessa ter lido aproximadamente uma centena de obras sobre o cangaceiro pernambucano. Para aprimorar o texto, teve também que visitar áreas de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, Estados onde Lampião teve forte influência nos anos 1920 e 1930.
A 6ª edição de Guerreiros do Sol, lançado pela primeira vez em 1985, quando ganhou prefácio de Gilberto Freyre, vem comprovar a importância da pesquisa de Frederico Pernambucano de Mello, que situa o fenômeno nordestino do cangaço a partir de seus pressupostos históricos, alicerçado que era numa sociedade que tinha a violência como forma de vida. O autor analisa o fenômeno em todas as suas vertentes: social, política, geográfica, etno-histórica, religiosa, climática, alimentar, fotográfica, musical, de vestuário etc, não deixando de fora nenhum aspecto do assunto fascinante.
Lampião é um sujeito raríssimo cuja história não se encerra. Circunscrito a seu ambiente, o semiárido nordestino, Virgulino Ferreira da Silva, bandido, assassino, terrível, encontrou Maria da Déa, casada, inquieta, aventureira. A união da dupla e a vida entre seus seguidores apresentou ao país, preocupado em ser moderno, uma forma diferente, assustadora e sedutora de viver. Gênio militar inato, galanteador, sábio, pernóstico, malvado, justo... Quantas pessoas foram capazes de reunir tantos defeitos e qualidades? Quantas mulheres abandonaram tudo para seguir o grande amor? Testemunhada, contada, recontada, reescrita, a vida e o amor de Lampião e Maria Bonita, um legítimo romance de aventura, só podem ser projetados como ficção coletiva, erguido sobre as fundações deixadas por tantos outros narradores que se aventuraram a contar seu romance. A saga dos dois é uma história verdadeira que, até hoje, alimenta a mística do cangaço e continua mexendo com o imaginário popular.
Ambientado no árido sertão brasileiro, Os últimos dias de Lampião e Maria Bonitaé uma ficção histórica baseada no emblemático casal e seu grupo de cangaceiros fora da lei. A obra narra a história verídica desses bandoleiros nômades que dominaram o Nordeste do Brasil entre 1922 e 1938.
Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nunca foi herói ou vingador. Terrorista mercenário que extorquia os ricos e destroçava a vida dos pobres com sadismo bestial, foi um criminoso serial que promoveu uma simbiose entre o cangaço e o coronelismo e, na prática, tornou se um coronel itinerante de coronéis sedentarizados. Agente da miséria a soldo dos donos do poder que sempre lucraram com essa miséria, Lampião compartilhou com eles esse lucro: O proletariado miserável, pobre e mediano era vítima desse cangaceiro parasitário e sádico. A falsa estética do seu heroísmo, a grande mentira do mito de Lampião foi engendrada pelo comunismo brasileiro em meados da década de 1920. Fake news perversa, o retrato de Lampião como herói ou injustiçado ou qualquer coisa que o valha é, em última análise, um fenômeno produzido pela estupidez humana canalizada para o coletivo da esquerda brasileira.