Zygmunt Bauman foi um sociólogo e filósofo polonês. Ele foi expulso da República Popular Polonesa durante a crise política polonesa de 1968 e forçado a renunciar à sua cidadania polonesa. Ele emigrou para Israel; três anos depois mudou-se para o Reino Unido. Residiu na Inglaterra desde 1971, onde estudou na London School of Economics e tornou-se professor de sociologia na Universidade de Leeds, posteriormente emérito. Bauman foi um teórico social, escrevendo sobre questões tão diversas como a modernidade e o Holocausto, o consumismo pós-moderno e a modernidade líquida. Conheça a seleção de nossos editores para os melhores livros de Zygmunt Bauman que não podem faltar na sua coleção.
Best-seller da obra de Zygmunt Bauman ― agora em novo projeto gráfico ―, Amor líquido é um livro fundamental para a compreensão das relações afetivas dos dias de hoje. A era da modernidade líquida em que vivemos ― um mundo repleto de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível ― é fatal para nossa capacidade de amar, seja esse amor direcionado ao próximo ou a nós mesmos. Zygmunt Bauman, um dos mais originais e perspicazes sociólogos da contemporaneidade, investiga aqui de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais frágeis e geram níveis de insegurança cada vez maiores. Uma vez que damos prioridade a relacionamentos em “redes” que podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade (e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual), não sabemos mais como manter laços a longo prazo. Sensível e brilhante como de hábito, Bauman faz deste Amor líquido muito mais do que uma mera e triste constatação, mas um alerta revigorante. Ele busca esclarecer, registrar e apreender de que forma o homem sem vínculos ― figura central dos tempos modernos ― se conecta.
No livro clássico de sua obra ― agora em novo projeto gráfico ―, o sociólogo Zygmunt Bauman examina como se deu a passagem de uma modernidade “pesada” e “sólida” para uma modernidade “leve” e “líquida”, infinitamente mais dinâmica. Zygmunt Bauman cumpre aqui sua missão de sociólogo, esclarecendo como se deu a transição da modernidade e nos auxiliando a repensar os conceitos e esquemas cognitivos usados para descrever a experiência individual humana e sua história conjunta. É a essa tarefa que se dedica este livro. Analisando cinco conceitos básicos que organizam a vida em sociedade ― emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e comunidade ―, Bauman traça suas sucessivas formas e mudanças de significado. Modernidade líquida complementa e conclui a análise realizada pelo autor em Globalização: As consequências humanas e Em busca da política. Juntos, esses três volumes formam uma análise brilhante das condições cambiantes da vida social e política.
Uma análise brilhante do novo mal que assola nossa época e nos anestesia perante o sofrimento alheio. Em nossos dias, a maldade e a miopia ética se escondem naquilo que consideramos comum e banal na vida cotidiana. A violência e os desastres se tornaram tão constantes e são de tal modo naturalizados que estamos calejados de tanta desumanidade. E esse é apenas um dos sintomas dessa cegueira moral que caracteriza nossas sociedades. Com originalidade ― e como um diálogo epistolar entre amigos ―, esse mal contemporâneo é analisado por Zygmunt Bauman e pelo filósofo e cientista político Leonidas Donskis. Uma leitura fundamental e de grande interesse para todos aqueles que se preocupam com as mudanças mais profundas que, silenciosamente, moldam a vida dos homens na modernidade líquida.
Em Tempos líquidos, Zygmunt Bauman faz uma reflexão profunda sobre a insegurança, sobretudo nas grandes cidades. A insegurança é a marca fundamental dos tempos líquido-modernos. Terrorismo, crime organizado, desemprego e solidão: todos esses são fenômenos típicos de uma era na qual a exclusão e a desintegração da solidariedade expõem o homem aos seus temores mais graves. Segundo Bauman, o desmonte dos mecanismos de proteção aos menos favorecidos, somado aos efeitos incontroláveis gerados pela globalização, propiciou um ambiente inseguro por definição. Assim, as metrópoles se tornam o local por excelência das ansiedades. “Construídas para fornecer proteção a todos os seus habitantes, as cidades hoje em dia se associam com mais frequência ao perigo que à segurança”, afirma Bauman. Não à toa, para ele, é no medo que se baseia a legitimidade da política contemporânea, incapaz de alcançar a origem global dos problemas ― o que acaba por alimentar, ainda mais, as angústias da vida na modernidade líquida.
Em Vida para consumo, Zygmunt Bauman explicita e analisa um traço marcante da sociedade contemporânea: a transformação das pessoas em mercadorias. Ao abordar a questão, o autor reflete de forma ampla sobre o impacto da conduta consumista em diversos aspectos da vida. A invasão e colonização da rede de relações humanas por visões de mundo e padrões de conduta moldados pelo mercado são alguns dos temas centrais deste livro, no qual Bauman aborda também as fontes de ressentimento, discordância e ocasional resistência às forças dominantes. Essa sutil e penetrante transformação dos consumidores em mercadorias é, como o autor afirma, a principal característica ― a verdade oculta, o segredo mais profundo e bem guardado ― da sociedade de consumo. As pessoas precisam se submeter a um constante remodelamento para que, ao contrário das roupas que saíram de moda, não fiquem obsoletas. O autor examina ainda o impacto das atitudes e padrões de conduta consumistas em diversos aspectos aparentemente desconexos da vida social: política e democracia, estratificação e divisão social, comunidades e parcerias, construção de identidade, produção e uso de conhecimento, adoção e propagação de valores. Vida para consumo é uma obra fundamental para leitores de Bauman e para qualquer um que se interesse por suas temáticas.
Com seu consagrado brilhantismo, Zygmunt Bauman oferece uma revisão mais do que nunca, necessária do conceito de comunidade, que se tornou central para os debates atuais sobre a natureza e o futuro de nossas sociedades. "Comunidade" é uma dessas palavras que transmitem uma sensação agradável: é bom "pertencer a uma comunidade", "estar em comunidade". Associamos a ela imagens de um lugar aconchegante, onde podemos nos refugiar das ameaças que nos espreitam "lá fora", e de um mundo no qual gostaríamos de viver, mas que, infelizmente, não existe. Em outras palavras, "comunidade" é hoje um novo nome para o paraíso perdido — mas um paraíso que nós ainda procuramos, e esperamos encontrar. No entanto, em troca da segurança prometida, a vida em comunidade parece nos privar da liberdade, do direito de sermos nós mesmos. Segurança e liberdade são dois valores igualmente preciosos, que podem ser equilibrados, mas não de todo conciliados. A tensão entre eles — e entre comunidade e individualidade — dificilmente será desfeita. Não é possível escapar do dilema, mas podemos avaliar oportunidades e perigos para tentar evitar os erros do passado. É o que Zygmunt Bauman faz neste livro.
O que é felicidade? Seria possível alcançá-la definitivamente? Em A arte da vida, Zygmunt Bauman reflete sobre essas perguntas, fazendo uma exposição brilhante das condições ― e dos limites ― que influenciam nossos projetos de vida. Na sociedade atual, somos levados a acreditar que o propósito da arte da vida pode e deve ser a felicidade, embora não seja claro o que ela é. A imagem de um estado de felicidade muda constantemente e permanece como algo ainda a ser atingido. Nesta obra, Zygmunt Bauman nos convida a refletir sobre os parâmetros que norteiam nossa eterna busca por essa condição de grande satisfação. Este livro não é um catálogo de estilos de vida nem um guia prático, mas uma análise das condições sob as quais escolhemos nossos projetos e das limitações que podem ser impostas a essas escolhas. Não menos importante, A arte da vida é também um estudo de como nossa sociedade ― a sociedade moderna de consumidores, líquida e individualizada ― influencia a maneira como construímos e narramos nossas trajetórias.
Nessa obra de referência ― agora em novo projeto gráfico ―, Zygmunt Bauman disseca a globalização em todas as suas manifestações: seus reflexos sobre a economia, a política, as estruturas sociais e até sobre nossas percepções de tempo e espaço. Nesta detalhada história da globalização, Zygmunt Bauman mostra que, embora as ações humanas agora se deem em escala global, não somos capazes de ditar os acontecimentos; podemos apenas observar fronteiras, instituições e princípios deslocando-se de forma veloz e imprevisível. Numa análise instigante, o autor sustenta que a globalização tanto divide quanto une, abrindo um fosso cada vez maior entre os que têm e os que não têm. Explorando as dimensões de um mundo no qual ― através das novas tecnologias ― o tempo é acelerado e o espaço é comprimido, Bauman evidencia que os reflexos dessa nova condição são radicalmente desiguais. Ao cotejar obras de filósofos, historiadores sociais, arquitetos e teóricos como Michel Foucault, Claude Lévi-Strauss, Alfred J. Dunlap, Le Corbusier e Oscar Niemeyer, Globalização: As consequências humanas apresenta um panorama histórico dos métodos utilizados para criar e definir espaços humanos e instituições, desde aldeias rurais até grandiosos centros urbanos.
Medo líquido, uma obra reveladora de Zygmunt Bauman, fala sobre as origens, as dinâmicas e os usos do medo na modernidade líquida. Ao mesmo tempo, é um convite para que tentemos encontrar maneiras de colocá-lo fora de ação ou torná-lo inofensivo. Nesse estudo singular sobre a vida social contemporânea, Zygmunt Bauman analisa os fundamentos do medo na era líquido-moderna. Segundo o sociólogo polonês, as certezas da modernidade sólida se foram e, com isso, a utopia do controle sobre os mundos social e natural desmoronou. Desprovido do domínio sobre aspectos como a natureza, a economia globalizada, o bem-estar social e o poder da tecnologia, o ser humano vive hoje em meio a uma ansiedade constante. Temos medo de perder o emprego, de sermos aniquilados por um grande evento natural, da violência urbana, do terrorismo, de perder o amor do parceiro, da exclusão, de ficarmos para trás. Neste livro, Bauman faz um inventário dos medos presentes na modernidade líquida. Apresentando um diagnóstico de clareza inigualável, o autor desvela as origens comuns das ansiedades atuais, analisa os obstáculos que impedem o pleno entendimento da situação e examina os mecanismos que possam deter a influência do medo sobre as nossas vidas.
Em Estranho familiar, os leitores de Zygmunt Bauman encontrarão um viés mais pessoal do homem que mudou nossa maneira de pensar o mundo moderno. E aqueles que acabam de descobrir esse engajado humanista terão em mãos uma síntese magistral de seu imenso legado. Meses antes de falecer, Zygmunt Bauman recebeu em sua casa o jornalista suíço Peter Haffner para três longas conversas. Desses encontros surgiu este livro, no qual o grande sociólogo discorre sobre temas como história, política, identidade, judaicidade, moral, felicidade e amor. Bauman descreve sua infância, o serviço militar no Exército Vermelho, a participação na Segunda Guerra Mundial e a expulsão da Polônia em 1968, oferecendo relatos íntimos de eventos históricos aos quais consagra suas finas percepções sociais e políticas. Ele fala sobre a perspectiva da morte com a propriedade de quem enfrentou na pele, como judeu polonês, a sociedade desregulada, fragmentada e individualizada da modernidade líquida, da qual se tornou teórico. Comenta os autores que desempenharam papel principal em seu pensamento, como Antonio Gramsci e Emmanuel Levinas. E destaca a importância da sociologia ― uma ciência cujo significado, em sua visão, é tornar o familiar estranho e o estranho familiar.