Paulo Freire, um dos educadores mais influentes do século XX, abordou em seus livros a pedagogia de uma forma revolucionária, enfatizando a importância do diálogo, da consciência crítica e da participação ativa dos estudantes no processo de aprendizagem. Suas obras não se limitam apenas ao âmbito educacional, mas transcendem para discussões sobre política, cultura e sociedade, refletindo sua crença de que a educação é uma ferramenta poderosa para a transformação social. Em "Pedagogia do Oprimido", talvez seu trabalho mais famoso, Freire critica o modelo bancário de educação, onde o aluno é visto como um recipiente passivo de informações. Em vez disso, ele defende uma pedagogia problematizadora, na qual educadores e educandos se engajam em um diálogo crítico, explorando juntos os desafios e realidades de suas vidas. Esta abordagem coloca a educação como um ato de conhecer e transformar o mundo, e não apenas de adaptar-se a ele. Ao longo de sua vasta obra literária, Paulo Freire enfatiza a necessidade de uma educação que valorize a experiência e a voz do educando, reconhecendo o potencial de cada indivíduo como agente de mudança. Seus livros são não apenas textos acadêmicos, mas manifestos que convidam a uma reflexão profunda sobre a natureza da educação e seu papel na criação de uma sociedade mais justa e igualitária. Selecionamos para você os melhores livros do Paulo Freire para você comprar sem sair de casa, veja a sugestão dos nossos editores!
Clássico do Patrono da Educação, Pedagogia do oprimido é uma das obras de ciências sociais e humanas mais citadas no mundo. Apresentando de forma objetiva reflexões sobre a relação entre opressores e oprimidos, Paulo Freire nos presenteia com um livro revolucionário que reafirma a esperança na libertação do ser humano por meio do diálogo e da práxis. Pedagogia do oprimido, escrito entre 1964 e 1968, quando Paulo Freire estava exilado no Chile, foi proibido pela ditadura civil-militar do Brasil, onde permaneceu inédito até 1974. Ancorado em situações concretas, este livro desvela as relações que sustentam uma ordem injusta, responsável pela violência dos opressores e pelo medo da liberdade que os oprimidos sentem. É um livro radical, sobre o conhecer solidário, a vocação ontológica, o amor, o diálogo, a esperança e a humildade. Aborda a luta pela desalienação, pelo trabalho livre, pela afirmação dos seres humanos como pessoas, e não coisas. Além disso, Freire estimula o debate sobre formas alternativas para que nos tornemos seres mais. Ou seja, capazes de estabelecer um diálogo verdadeiro, transformador do mundo. A obra é essencial na biblioteca de todas as pessoas que têm fé na humanidade e na “criação de um mundo em que seja menos difícil amar” – como o Patrono da Educação Brasileira registra nas últimas linhas desta sua obra-prima. É uma obra destinada aos revolucionários, que se comprometem com os oprimidos, para, com eles e ao lado deles, lutar para construir um mundo em que seja mais fácil amar. Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. “O opressor só se solidariza com os oprimidos quando o seu gesto deixa de ser um gesto piegas e sentimental, de caráter individual, e passa a ser um ato de amor àqueles. Quando, para ele, os oprimidos deixam de ser uma designação abstrata e passam a ser os homens concretos, injustiçados e roubados. Roubados na sua palavra, por isto no seu trabalho comprado, que significa a sua pessoa vendida. Só na plenitude deste ato de amar, na sua existenciação, na sua práxis, se constitui a solidariedade verdadeira. Dizer que os homens são pessoas e, como pessoas, são livres, e nada concretamente fazer para que esta afirmação se objetive, é uma farsa.” - Paulo Freire
Pedagogia da autonomia, uma das obras mais importantes de Paulo Freire, agora em novíssimo projeto gráfico mais arrojado e moderno. Edição especial com capa dura, em homenagem ao centenário do Patrono da Educação. A pré-venda, disponível por tempo limitado, acompanha marcador exclusivo. Pedagogia da autonomia, publicado em 1996, reafirma o profundo compromisso ético de Paulo Freire na defesa da existência digna. Neste seu último livro publicado em vida, o educador aprofunda sua teoria-ética de uma vida voltada para a liberdade, a verdade e a autenticidade dos sujeitos, contra a lógica do capital. A partir do amor revolucionário e do rigor crítico, reflete sobre o que o ato de ensinar exige de educadores e educandos. Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. “Gosto de ser homem, de ser gente, porque não está dado como certo, inequívoco, irrevogável que sou ou serei decente, que testemunharei sempre gestos puros, que sou e que serei justo, que respeitarei os outros, que não mentirei escondendo o seu valor porque a inveja de sua presença no mundo me incomoda e me enraivece. Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é predeterminada, preestabelecida. Que o meu ‘destino’ não é um dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a história em que me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de possibilidades, e não de determinismo. Daí que insista tanto na problematização do futuro e recuse sua inexorabilidade.”
Educação como prática da liberdade foi escrito em 1967, durante o exílio forçado de Paulo Freire no Chile. Tem como principal objetivo alcançar a educação que liberta seres humanos da condição de oprimido e os insere na sociedade como forças transformadoras, críticas, politizadas e responsáveis por todas as pessoas que a integram. Além de apresentação de Francisco C. Weffort e prefácio-poema de Thiago de Mello, esta edição reúne apêndice com exemplos de situações existenciais, que possibilitam no Método a apreensão do conceito de cultura. São acompanhadas de desenhos de Vicente de Abreu feitos a partir das pinturas originais de Francisco Brennand, destruídas pela ditadura militar brasileira. Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. “Quando um ex-analfabeto de Angicos, discursando diante do presidente Goulart, que sempre nos apoiou com entusiasmo, e de sua comitiva, declarou que já não era massa, mas povo, disse mais do que uma frase: afirmou-se conscientemente numa opção. Escolheu a participação decisória, que só o povo tem, e renunciou à demissão emocional das massas. Politizou-se.”
Paulo Freire analisa possibilidades do sistema de ensino no processo da mudança social. Escrito originalmente em espanhol e publicado pela primeira vez no Brasil em 1979, Educação e mudança coincide com o retorno de Paulo Freire ao país, após seu exílio forçado pela ditadura civil-militar brasileira. Quatro estudos formam este livro, que aborda os mais diferentes aspectos da relação do homem e seu estar no mundo. Vemos aqui como o compromisso com a própria realidade é a peça-chave para que todas as pessoas se sintam pertencentes à sociedade e possam transformá-la. “Quando um ser humano pretende imitar outrem, já não é ele mesmo. Assim também a imitação servil de outras culturas produz uma sociedade alienada ou sociedade-objeto. Quanto mais alguém quer ser outro, tanto menos ele é ele mesmo. A sociedade alienada não tem consciência de seu próprio existir. Um profissional alienado é um ser inautêntico. Seu pensar não está comprometido consigo mesmo, não é responsável. O ser alienado não olha para a realidade com critério pessoal, mas com olhos alheios. Por isso vive uma realidade imaginária e não a sua própria realidade objetiva. Vive através da visão de outro país. Vive-se Rússia ou Estados Unidos, mas não se vive Chile, Peru, Guatemala ou Argentina.”
Educadores são responsáveis pela transformação social. Em Professora, sim; tia, não, o maior educador brasileiro denuncia que a troca da palavra “professora” por “tia” para designar “pessoa que ensina” é uma armadilha ideológica. Nas dez cartas que compõem o livro, o autor analisa as qualidades verdadeiras e autênticas das virtudes éticas que educadores progressistas precisam ter e praticar, se querem ser agentes de transformação social. Professora, sim; tia, não reúne ainda apresentação de Ana Maria Araújo Freire e prefácio de Jefferson Idelfonso da Silva. Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. “Não é possível que continuemos nas vésperas da chegada do novo milênio, com déficits tão alarmantes em nossa educação – o quantitativo e o qualitativo. Com milhares de professores chamados leigos, até em áreas do Sul do país, ganhando às vezes menos da metade de um salário mínimo. Gente heroica, dadivosa, amorosa, inteligente, mas desprezada pelas oligarquias nacionais.”
Uma verdadeira aula sobre pedagogia e construção de um ambiente de ensino democrático e inovador. O que é ensino libertador? Como os professores se transformam em educadores libertadores? Como começam a transformar os estudantes? De que modo a educação se relaciona com a transformação política? Podemos aplicar nos países desenvolvido uma pedagogia de países em desenvolvimento? Muitas e complexas são as questões aqui tratadas pelos professores Paulo Freire e Ira Shor e que tornam Medo e ousadia: O cotidiano do professor uma obra indispensável para a elucidação dos problemas práticos e teóricos colocados pela pedagogia dialógica. Os dois mestres apresentam aqui suas opiniões sobre o sistema de educação tradicional, explicam como se transformaram em educadores libertários, quais são as diferenças entre uma educação do laissez-faire e uma verdadeiramente democrática e de que forma os professores devem enfrentar os medos e obstáculos que dificultam a prática de ensino humanizada e inserida no contexto social do educando. Duas experiências distintas: Paulo Freire, educador brasileiro internacionalmente conhecido por sua contribuição à prática pedagógica no mundo, dialoga com Ira Shor, educador norte-americano, estudioso e crítico dos rumos da educação em seu país, engajado na luta pela melhoria no ensino tanto das minorias marginalizadas quanto do conjunto da nova geração.
Para fazer brotar as energias da esperança. Em Pedagogia da esperança, de 1992, Paulo Freire faz uma reflexão sobre a Pedagogia do oprimido, um reencontro com ela, com suas vivências em quase três décadas nos mais diferentes cantos do mundo. O livro, atual e imprescindível, conta ainda com a colaboração de Ana Maria Araújo Freire, através de notas explicativas. Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. ""Hoje, distante em mais de 25 anos daquelas manhãs, daquelas tardes, daquelas noites, vendo, ouvindo, quase pegando com as mãos certezas sectárias, excludentes da possibilidade de outras certezas, negadoras de dúvidas, afirmadoras da verdade possuída por certos grupos que se chamavam a si mesmos de revolucionários, reafirmo, como se impõe a uma Pedagogia da esperança, a posição assumida e defendida na Pedagogia do oprimido contra os sectarismos, castradores sempre, e em defesa do radicalismo crítico.""
Paulo Freire em defesa da comunicação na educação. Escrito no Chile, em 1968, Extensão ou comunicação? é um ensaio preciso sobre a escolha metodológica dos educadores e faz a defesa de uma educação que não se reduz à capacitação técnica, mas que abrange o esforço através do qual os homens se decifrem como transformadores da realidade. Propõe uma análise sobre o trabalho do agrônomo (chamado erroneamente “extensionista”) como educador e pretende ressaltar sua indiscutível e importante tarefa junto aos camponeses (e com eles), a qual não se encontra corretamente indicada no conceito de “extensão”. O prefácio é do engenheiro agrônomo e economista agrário chileno Jacques Chonchol. * Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. “O diálogo e a problematização não adormecem a ninguém. Conscientizam. Na dialogicidade, na problematização, educador-educando e educando-educador vão ambos desenvolvendo uma postura crítica da qual resulta a percepção de que este conjunto de saber se encontra em interação. Saber que reflete o mundo e os homens, no mundo e com ele, explicando o mundo, mas sobretudo, tendo de justificar-se na sua transformação.”
Ensaios de Paulo Freire sobre política e pedagogia. Escrito ao longo de 1992, Política e educação é composto de doze ensaios. Como Paulo Freire afirmou, os textos têm “uma nota que os atravessa a todos: a reflexão político-pedagógica. É esta nota que, de certa maneira, os unifica ou lhes dá equilíbrio enquanto conjunto de textos.” O prefácio é assinado pelo sociólogo Venício A. de Lima. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. “Imoral é a dominação econômica, imoral é a dominação sexual, imoral é o racismo, imoral é a violência dos mais fortes sobre os mais fracos. Imoral é o mando das classes dominantes de uma sociedade sobre a totalidade de outra, que deles se torna puro objeto, com sua maior ou menor dose de conivência. A educação para a libertação, responsável em faze da radicalidade do ser humano, tem como imperativo ético a desocultação da verdade. Ético e político.”
Paulo Freire e Donaldo Macedo em crítica rigorosa e inovadora às propostas tradicionais de alfabetização. A leitura do mundo precede a leitura da palavra, da mesma maneira que o ato de ler palavras implica necessariamente uma contínua releitura do mundo. Partindo dessa premissa básica, Paulo Freire, em colaboração com Donaldo Macedo, utiliza em Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da palavra sua experiência pedagógica em Guiné-Bissau para dissecar o ato da leitura em todas as suas dimensões. Seu objetivo: desvelar e difundir pressupostos teóricos e subsídios contidos em um dos seus principais projetos pedagógicos, pelo qual e no qual investiu dedicação e empenho ao longo de toda a vida – a alfabetização de jovens e adultos das camadas populares, a quem fora negado o direito da alfabetização no momento e tempo adequados. Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da palavra tece uma crítica rigorosa e inovadora às propostas tradicionais de alfabetização desenvolvidas em nosso país e nos Estados Unidos, as quais, na maioria das vezes, buscam o aprendizado da língua oficial pelo chamado padrão culto. Considerando a alfabetização um processo que deve ao mesmo tempo resgatar e recriar a experiência vivida pelo alfabetizando, Paulo Freire teoriza e pratica uma alfabetização crítica e libertadora, que instrumentaliza a classe oprimida, para que possa alcançar a reapropriação de sua história pela construção coletiva do conhecimento, reabilitando sua capacidade de intervir nas transformações de seu contexto social. A alfabetização assim proposta tem, na linguagem utilizada pelo alfabetizando, um instrumento de expressão de seus anseios, necessidades, medos, sonhos e aspirações. E isso torna Alfabetização: Leitura do mundo, leitura da palavra um livro cada vez mais atual. A edição conta com prefácio de Ann E. Berthoff, introdução de Henry A. Giroux e, no apêndice, uma carta de Paulo Freire a Mário Cabral. * Em 1963, em Angicos, interior do Rio Grande do Norte, trezentos trabalhadores rurais foram alfabetizados em apenas 40 horas, pelo método proposto por Paulo Freire. Esse foi o resultado do projeto-piloto do que seria o Programa Nacional de Alfabetização do governo de João Goulart, presidente que viria a ser deposto em março de 1964. Em outubro desse mesmo ano, Freire deixou o Brasil para proteger a própria vida. Apenas voltou a visitar o país em 1979, com a abertura democrática. Ao longo de sua história, Paulo Freire recebeu mais de cem títulos de doutor honoris causa, de diversas universidades nacionais e estrangeiras, além de inúmeros prêmios, como Educação para a Paz, da Unesco, e Ordem do Mérito Cultural, do governo brasileiro. Integra o International Adult and Continuing Education Hall of Fame e o Reading Hall of Fame. * “O educador progressista rejeita os valores dominantes impostos à escola porque possui um sonho diferente, porque quer transformar o status quo. Naturalmente, transformar o status quo é muito mais difícil do que mantê-lo. A questão que você propôs tem a ver exatamente com essa teoria. Como disse, o espaço educacional reproduz a ideologia dominante. Contudo, é possível, dentro das instituições educacionais, atuar contrariamente aos valores dominantes impostos.”