Demétrio Martinelli Magnoli é um jornalista, doutor em geografia humana e sociólogo brasileiro. Jornalista pela Escola de Comunicação e Artes da USP, é comentarista de política internacional no Jornal das Dez da Globo News.É autor de, entre outras obras, Uma gota de sangue: história do pensamento racial (São Paulo: Contexto, 2009), O corpo da pátria: imaginação geográfica e política externa no Brasil, 1808-1912 (São Paulo: Unesp/Moderna, 1997) e do Manual de Relações Internacionais, publicado pela Fundação Alexandre de Gusmão, do Ministério das Relações Exteriores. Também é organizador de História das guerras (São Paulo: Contexto, 2006) e História da paz (São Paulo: Contexto, 2008). Faz também análises políticas em suas colunas nos periódicos O Globo e Folha de S.Paulo. Já foi colunista do jornal O Estado de São Paulo, da revista Época, e da Rádio BandNews FM, além de ter sido comentarista do Jornal da TV Cultura. Conheça a seleção de nossos editores para os melhores Livros de Demétrio Magnoli que não podem faltar na sua coleção.
Há 100 mil anos, poucas dezenas de seres humanos saíram da áfrica. Seus descendentes, adaptando-se aos diferentes climas, desenvolveram inúmeras tonalidades de cor da pele. Um dia, alguns voltaram. Primeiro, como comerciantes, adquiriram cativos escravizados pelos próprios conterrâneos. Depois, como conquistadores, impuseram o poder de suas nações sobre a áfrica, alegando que os primos que ficaram faziam parte de uma raça distinta. A curiosa ideia pegou. Sobreviveu à proclamação dos direitos humanos e à razão científica, difundindo-se no mundo da política. Pessoas de prestígio de todas as cores (até negros!) fingiram acreditar nela - e começaram a passar-se por líderes raciais. Hoje, a pretexto de fazer o bem, traçam-se fronteiras sociais intransponíveis, delineadas com as tintas de uma memória fabricada. Este livro conta a história de um engano de 200 anos: o tempo da invenção, desinvenção e reinvenção do mito da raça. O nosso tempo.
Os acontecimentos políticos decisivos do Brasil e do mundo na última década são o objeto de reflexão e análise de A hora e a história. O livro reúne os principais textos escritos para a imprensa pelo sociólogo Demétrio Magnoli, um dos mais lúcidos colunistas do país. O autor analisa temas atuais da política que vão dos descaminhos da esquerda petista no Brasil à ascensão das direitas na Europa. Independência crítica, solidez intelectual e vigor polêmico marcam os artigos, que foram publicados originalmente nos jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo. Magnoli analisa episódios ocorridos entre 2004 e 2015 e que continuam afetando a vida brasileira e internacional, tais como o lulopetismo, a corrupção em empresas estatais, o debate das cotas raciais, a persistência do populismo latino-americano, a crise do mundo árabe e o recrudescimento do terrorismo jihadista. Feitas no calor da hora, as colunas permanecem uma leitura essencial a todos os que desejam ampliar sua reflexão política e compreender os elos entre o presente e a história.
Algumas guerras mudaram o curso da História. Este livro, encomendado a historiadores, sociólogos, geógrafos e jornalistas brasileiros, dá conta de quinze momentos-chave em que as armas substituíram a política (ou foram sua extensão, como queria Clausewitz) e decidiram o futuro da humanidade. Textos elucidativos, cuidadosamente pesquisados e escritos com clareza farão com que este se torne um livro de leitura obrigatória, obra de referência na área.
Sempre houve pessoas empenhadas em evitar guerras, prevenir situações de conflito, preservar a natureza e evitar a proliferação de artefatos nucleares. Mas será que, ainda assim, a insanidade dos homens conduzirá o planeta à sua destruição por conta de guerras nucleares e desequilíbrio ecológico? Será que temos feito esforços adequados para manter a paz entre nações e a habitabilidade deste nosso abrigo comum? Este livro estabelece, de certa forma, um diálogo com História das guerras, recentemente publicado pela Editora Contexto. Ele mostra como trabalharam os arquitetos que desenharam o planeta e ajudaram a construir o mundo em que vivemos. Em meio a guerras e situações de conflito, a paz pode surgir como fruto de conquistas, de esforços diplomáticos, conciliação entre poderosos e acordos entre iguais e desiguais.
Neste livro, o autor analisa os grandes acontecimentos dos últimos 60 anos, desvendando o significado dos conflitos e tensões que marcam o mundo atual. O livro é dividido em quatro unidades - estudo das relações internacionais - base teórica para a compreensão da dinâmica entre as nações no mundo contemporâneo, abordando conceitos importantes das Ciências Sociais, da História, da Geografia política e da Comunicação; Guerra Fria - origens, desenrolar e fim das tensões entre os grandes blocos geopolíticos que se formaram após a Segunda Guerra Mundial; nova ordem mundial - evolução das relações internacionais no período pós-Guerra Fria, globalização e afirmação mundial da hegemonia norte-americana; e cenários e tendências - cenário geopolítico atual, destacando temas como a América Latina e a Alca, o Islã e a Questão Palestina, a China como potência mundial, o papel do Japão e dos países do Extremo Oriente no jogo internacional, as intrincadas relações no subcontinente indiano e as relações entre Estado e nação na África.
O espaço geográfico e as paisagens sociais. Há vida, tensão e drama em cada lugar habitado da Terra. Mis esse texto impresso sobre a superfície terrestre, como os textos ipressos nos livros, precisa ser decifrado. A geografia é o instrumento para decifra-lo – isto é para permitir que reconheçamos quem somos, o que fazemos e como vivemos.
A Revolução Francesa tinha uma mensagem tripartida: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. O estandarte tríplice está na raiz das duas grandes “famílias” políticas contemporâneas. O “partido dos liberais” apoderou-se do princípio da liberdade, traduzindo-o sob forma dos direitos individuais. O “partido dos socialistas” apoderou-se do princípio da igualdade, convertendo-o numa plataforma de direitos coletivos econômicos e sociais. A história política contemporânea pode ser narrada como uma competição entre esses “partidos” para moldar as sociedades segundo um princípio preponderante.Toda a metade inicial do século XX pode ser interpretada como uma “catástrofe única”. No seu ponto intermediário, emergiram os totalitarismos stanilista e nazista, devotados à consagração de versões diferentes da igualdade absoluta: a igualdade das classes e a igualdade dos nacionais. A “meia-noite” dos totalitarismos estendeu-se até quase a data de sua morte, mas os clarões proporcionados por pensadores geniais, sonhadores, doutrinários e ideólogos nunca deixaram de lançar flashes de luz em meio à escuridão. Neste volume:• A grande guerra e as ilusões perdidas (1914-1928)• A segunda morte de Adam Smith (1929-1932)• Depressão (1933-1938)• Visões do futuro, em meio à destruição (1939-1945)
Analisando a história do mundo de 1946 a 2001, incluindo o atentado de 11 de Setembro, O Leviatã desafiado, de Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa é uma completa, reveladora e indispensável investigação sobre este período histórico. Neste segundo volume da trilogia, os autores seguem a discussão sobre o embate entre Liberdade e Igualdade ao analisarem a história da ideias políticas do pós-guerra. “A história das ideias políticas no século XX não serve como comprovação de nenhuma teoria geral sobre a história, não aponta para um destino inelutável nem atesta a verdade absoluta de alguma doutrina ideológica. Contudo, ela não é inútil pois, nas palavras de Kolakowski, ‘a história das coisas que realmente aconteceram, tecida por inúmeros acidentes singulares, é a história de cada um de nós, seres humanos, enquanto a crença em leis da História é uma ficção produzida pela imaginação’”, afirmam os autores. A queda do Muro de Berlim encerrou o ciclo aberto pela Revolução Russa, que continha a profecia de substituição do capitalismo pelo socialismo na escala do planeta. Naquela hora, as proclamadas “leis da História” foram subvertidas pela história: como ponteiros de um relógio onírico, a URSS e a Europa Oriental transitavam de volta para o capitalismo. No Ocidente, ao longo da Guerra Fria, as lutas sociais jamais cessaram, mas a revolução proletária nunca ocorreu. A social - democracia concluiu sua ruptura com os comunistas, consagrando-se ao programa da reforma do capitalismo. Uma reação liberal, organizada sob o estandarte do “Estado mínimo”, difundiu-se a partir da Grã-Bretanha e dos EUA. “Não existe essa coisa de sociedade”, exclamou Margaret Thatcher, destroçando um efêmero consenso ocidental e projetando para o futuro a antiga tensão entre liberdade e igualdade. Assista ao booktrailer Booktrailer 1 / Booktrailer 2
"O Corpo da Pátria" é a principal obra de Demétrio Magnoli. Originalmente defendido como tese de doutorado na Universidade de São Paulo, o livro analisa os condicionamentos espaciais da formação da nacionalidade, a imaginação geográfica e a política externa no Brasil. Esta edição comemora, em tiragem limitada, os 25 anos do livro com um projeto gráfico que reúne imagens raras, nova introdução escrita pelo autor, detalhado índice remissivo e, como apêndices, dois textos em que Demétrio aprofunda a reflexão sobre o tema: "Por uma arqueologia da narrativa nacional" (2001) e "O Estado em busca do seu Território" (2003).
O campo das relações internacionais adquiriu maior densidade no Brasil durante a última década. A abertura de dezenas de novos cursos universitários e a introdução da disciplina em cursos de Economia, Comércio Internacional, Ciências Sociais, Direito e Jornalismo respondem aos desafios da inserção do país na economia globalizada. Relações internacionais - Teoria e história pode ser considerada uma obra de introdução ao campo das relações internacionais. Seu foco está direcionado para as escolas de pensamento, as teorias e os conceitos que pretendem oferecer explicações para as políticas dos Estados nas interações com os demais Estados. As sucessivas reimpressões demonstram o sucesso e a importância da obra, sendo esta fundamental para todos os que já iniciaram ou pretendem iniciar seus estudos na área de Relações Internacionais.
