Jorge Caldeira é um escritor, doutor em Ciência Política, mestre em sociologia e bacharel em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Ocupa a cadeira nº 18 da Academia Paulista de Letras.[3] Em 2022 foi eleito para a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, sucedendo a escritora Lygia Fagundes Telles.
"O novo livro de Jorge Caldeira só não é inteiramente surpreendente para quem já leu seus livros ou ensaios anteriores. Na verdade, ele muda o eixo de apreciação da história do Brasil. Isto porque ressalta, o que para poucos era claro, que o mercado interno sempre teve importância maior do que lhe foi atribuída por muitos autores, mesmo de livros clássicos. Não que se deixe de reconhecer o papel importantíssimo do mercado externo para a inserção mundial da economia, mas desaparece o retrato simplificador da sociedade brasileira do passado como se ela fosse formada apenas pela grande lavoura de exportação. Em segundo lugar, trata-se de obra que traz uma abordagem metodológica rara: Caldeira introduz a referência a números, aos grandes números, na narrativa histórica e os usa para a comprovação de suas teses. Como se isso não bastasse para dar singularidade e notoriedade ao livro, acrescente-se que suas páginas mostram o fracasso das tentativas de acelerar o crescimento econômico pela vontade política do Estado. Os limites dessas tentativas são vistos, por exemplo, nas referências ao governo Geisel e às experiências mais recentes dos governos petistas. Elas não trouxeram continuidade ao desenvolvimento econômico e social e levaram a impasses que tomam anos, senão décadas, para que o país se refaça em rumos mais realistas que, sem desconhecer a importância das políticas públicas, tampouco desdenhem das forças da sociedade." – Fernando Henrique Cardoso
O mundo está mudando depressa. Os alicerces de um futuro mais saudável, limpo e próspero estão sendo construídos. E, neste novo contexto, o Brasil, por suas potencialidades naturais, pode assumir uma posição de enorme destaque. É esta a oportunidade histórica que não podemos perder. Consagrado autor de Mauá e História da Riqueza no Brasil,Jorge Caldeira se uniu a Julia Sekula e Luana Schabib para apresentar análises econômicas amparadas em gráficos, infográficos e mapas até então pouco conhecidos, revelando o que o mundo já fez, tem feito e está projetando para este novo futuro. Tudo para mostrar um novo potencial, aquele em que a natureza preservada está no centro da criação de valor econômico. Um mundo no qual o Brasil é o Paraíso Restaurável por excelência.
Pioneirismo, guerras, intrigas, reis e escroques: a carreira do visconde de Mauá (1813-1889) teve de tudo. Para montar a primeira indústria - um grande estaleiro e uma fundição em Niterói -, a primeira estrada de ferro e o primeiro banco a operar em grande escala no Brasil, ele teve de brigar contra uma sociedade provinciana, que considerava o feitor de escravos como o melhor gerente de recursos humanos.Quando expandiu seus negócios em escala planetária, com dezessete empresas em seis países, aí sim vieram os grandes adversários. Banqueiros internacionais, ditadores latinos, políticos de alto coturno e figuras da sociedade passaram a fazer parte da luta diária do visconde, numa história que se confunde com a do próprio nascimento de um país chamado Brasil.
Qual a importância da Ordem dos Templários para o Descobrimento do Brasil? Como se estabeleceram, desde 1532, as bases da democracia no país? Que lugar o Brasil ocupou na economia mundial ao longo de quinhentos anos? Essas são algumas das questões abordadas nesse livro, em que o escritor e cientista político Jorge Caldeira desafia vários consensos a respeito do passado brasileiro e abre um conjunto de novos caminhos para entender o país. Dividido em duas partes, Nem céu nem inferno percorre mais de cinco séculos de história, da véspera do Descobrimento aos dias de hoje. Na primeira parte, "Figuras", Caldeira apresenta as ideias e os impasses enfrentados por personagens importantes da história brasileira imbuídos de forjar um grande país, como Diogo Antônio Feijó e José Bonifácio de Andrada e Silva. Na segunda, "País, Estado e poder", o autor de Mauá: empresário do Império mostra por que a democracia não é uma ideia recente no Brasil e como alguns políticos e empreendedores souberam enfrentar forças obscurantistas e retrógradas a fim de promover o desenvolvimento.
Das peladas de rua no subúrbio carioca de Bento Ribeiro à consagração mundial na Copa de 2002, a história de Ronaldo comporta todos os adjetivos. Neste livro, o jornalista e historiador Jorge Caldeira conta a saga deste jogador excepcional, revelando detalhes inéditos acerca da tragédia de 1998 na França e das mirabolantes disputas financeiras que envolvem sua carreira, tendo como pano de fundo a era do futebol globalizado. Ronaldo subiu depressa. Campeão mundial com 17 anos, melhor jogador do mundo aos 20, futebolista mais bem pago do planeta com 21. Tornou-se o grande símbolo do nascente futebol globalizado e suas mirabolantes disputas empresariais. Ronaldo desceu fundo em meio à dor. Primeiro, na final da Copa de 98: o livro narra em detalhes a bagunça que se instalou no grupo brasileiro, e traz revelações surpreendentes sobre o episódio. Depois, com as terríveis contusões no joelho: ele mesmo chegou a duvidar de que um dia chutaria uma bola novamente. Ronaldo voltou ao topo. Foram dois anos de luta diária contra a dor, até a volta aos gramados. Tanto esforço foi premiado com a vitória na Copa de 2002. Jorge Caldeira, o aclamado autor de Mauá, empresário do Império, conta neste livro a saga de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, utilizando a trajetória do "Fenômeno" para fazer uma análise profunda da era do futebol globalizado.
Qual era a cor da mula que d. Pedro I montava no dia 7 de setembro quando proclamou a independência do Brasil? O que Getúlio Vargas fez segundos antes de atirar contra o próprio coração? O que Jânio Quadros fazia enquanto tramava um golpe? Esses e ou tros detalhes aparecem em meio aos depoimentos históricos selecionados para compor ´Brasil - a história contada por quem viu´. O livro, resultado de dois anos de trabalho de uma equipe de 21 pessoas chefiada por Jorge Caldeira, revela ao público bras ileiro a história do Brasil contada a partir do olhar das pessoas que viveram os mais importantes momentos da construção da nossa nação. O livro traz 173 depoimentos que vão desde a chegada de Cabral até o final do século XX.
m O Banqueiro do sertão, Jorge Caldeira, autor de Mauá, empresário do império, desenha - ao longo de dois volumes e em ritmo de romance - uma biografia em meio a uma extraordinária história da formação de São Paulo. Nessa saga brasileira, que tem como cenário o sertão da América e como protagonista o padre Guilherme Pompeu de Almeida, não faltam elementos novos para concorrer com a trama. A prata, a cobiça, os arranjos matrimoniais entre espanhóis e guaranis, portugueses e tupis, a mistura definitiva de povos tão diferentes, as disputas entre a colônia e a metrópole, a intervenção dos jesuítas e a noção, avant la lettre, de liberdade individual, tudo isso forma o pano de fundo que permite contar essa história que começa no Paraguai, floresce em uma montanha de prata no reino do Peru e, ao se espraiar, evolui rumo ao Atlântico e à vila de São Paulo. Nesse ambiente, o filho de um rico industrial de ferro, que almejava um posto na Companhia de Jesus, apaixona-se por uma índia, com quem tem uma filha, e, em vez de jesuíta, torna-se padre secular e negociante de sucesso. Depois de anos fornecendo ferro a seus parentes indianizados, passa a emprestar dinheiro aos descobridores do ouro e se transforma em grande banqueiro. Ao redor de seu palácio, seu altar peruano, sua riqueza e seu fausto, fez-se o mito do sertão. Tomando como ponto de partida a descoberta de metais preciosos na América e a decorrente possibilidade de ascensão social na Europa - em contraste com a rigidez das castas na vida medieval -, Caldeira tece uma narrativa de muitas vozes e variados vieses. Aos testemunhos de viajantes unem-se análises de cunho antropológico, novos tratamentos dos dados de economia e negócio e a apresentação do pensamento político e filosófico da época.
José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), o Patriarca da Independência, foi o principal formulador do projeto de Nação brasileira. Os 31 textos selecionados neste volume - que abrangem a pesca, a agricultura, os índios, os negros, economia política e correspondência diplomática - apresentam uma visão ampla de sua trajetória como homem da ciência, pensador, político e estadista.
UMA SAGA EM 101 VIDAS. Você vai conhecer os grandes construtores do Brasil. Desde o primeiro homem a desembarcar de um navio, em 1500, e conviver com os habitantes da floresta tropical, até figuras notáveis dos dias de hoje que empreenderam o desafio de viver na primeira sociedade multiétnica do planeta. Fizeram uma grande história. Uma leitura surpreendente e imperdível.