Sebastião Salgado é um importante fotógrafo brasileiro e um dos mais talentosos fotojornalistas do mundo. A sua fotografia documental muitas vezes promove uma denúncia social e promove cenários desconhecidos do grande público. Querendo conhecer mais sobre esse importante fotógrafo? Veja a escolha dos melhores e mais bonitos livros do Sebastião Salgado, veja a escolha dos nossos editores!
Este livro é dedicado aos povos indígenas da região amazônica do Brasil. É uma celebração da sobrevivência de suas culturas, costumes e línguas. É também uma homenagem ao seu papel como guardiães da beleza, dos recursos naturais e da biodiversidade da maior floresta tropical do planeta em face do ataque implacável do mundo exterior. Somos eternamente gratos a eles por nos permitirem compartilhar suas vidas.
Sebastiao Salgado's haunting black-and-white photographs from the GENESIS project record landscapes and people unchanged in the devastating onslaught of modern society and development. Taken over the course of an epic eight-year expedition, the images are divided into five broad geographic chapters: Planet South, Sanctuaries, Africa, Northern...
Outras Américas, que registra os povos indígenas da América Latina, é o resultado de um trabalho que foi iniciado em 1977 e exigiu sete anos para ser concluído. Para realizá-lo, Sebastião Salgado percorreu desde o litoral do Nordeste brasileiro às montanhas do Chile e daí à Bolívia, ao Peru, ao Equador, à Guatemala, ao México. Na Introdução, o jornalista Alan Riding descreve o que aparece nas fotografias do livro: "Muito simplesmente, é o mundo dos destituídos, daqueles que os desertos e serras desoladas da América Latina observam enquanto seus países mudam, deixando-os de lado". É um mundo "que se mantém unido pelo nascimento, pela família e pela morte, e ainda pelo mito, pela fé e pelo fatalismo". Com sua estética que se põe a serviço da militância ética, Sebastião Salgado cria uma narrativa visual que muitas vezes obriga o leitor a constatar: é indiscutível a beleza das fotos, mas é terrível o mundo que elas retratam.
Durante uma década, a Serra Pelada evocou a muito prometida El Dorado em forma de maior mina de ouro a céu aberto do mundo, empregando cerca de 50 mil escavadores em condições precárias. Hoje, a mais extravagante febre do ouro brasileira é apenas material de fábulas, mantida viva por algumas poucas memórias felizes, muitos arrependimentos dolorosos...e as fotografias de Sebastião Salgado. Esta coleção é um registro importantíssimo da história moderna e um portifólio fotográfico extraordinário.
It has been almost a generation since Sebastião Salgado first published Exodus but the story it tells, of fraught human movement around the globe, has changed little in 16 years. The push and pull factors may shift, the nexus of conflict relocates from Rwanda to Syria, but the people who leave their homes tell the same tale: deprivation, hardship, and glimmers of hope, plotted along a journey of great psychological, as well as physical, toil.
In every crisis situation, children are the greatest victims. Physically weak, they are often the first to succumb to hunger, disease, and dehydration. Innocent to the workings and failings of the world, they are unable to understand why there is danger, why there are people who want to hurt them, or why they must leave, perhaps quite suddenly, and abandon their schools, their friends, and their home. In this companion series to Exodus, Sebastião Salgado presents 90 portraits of the youngest exiles, migrants, and refugees. His subjects are from different countries, victims to different crises, but they are all on the move, and all under the age of 15. Through his extensive refugee project, what struck Salgado about these boys and girls was not only the implicit innocence in their suffering but also their radiant reserves of energy and enthusiasm, even in the most miserable of circumstances. From roadside refuges in Angola and Burundi to city slums in Brazil and sprawling camps in Lebanon and Iraq, the children remained children: they were quick to laugh as much as to cry, they played soccer, splashed in dirty water, got up to mischief with friends, and were typically ecstatic at the prospect of being photographed. For Salgado, the exuberance presented a curious paradox. How can a smiling child represent circumstances of deprivation and despair? What he noticed, though, was that when he asked the children to line up, and took their portraits one by one, the group giddiness would fade. Face to face with his camera, each child would become much more serious. They would look at him not as part of a noisy crowd, but as an individual. Their poses would become earnest. They looked into the lens with a sudden intensity, as if abruptly taking stock of themselves and their situation. And in the expression of their eyes, or the nervous fidget of small hands, or the way frayed clothes hung off painfully thin frames, Salgado found he had a refugee portfolio that deserved a forum of its own. The photographs do not try to make a statement about their subjects' feelings, or to spell out the particulars of their health, educational, and housing deficits. Rather, the collection allows 90 children to look out at the viewer with all the candor of youth and all the uncertainty of their future. Beautiful, proud, pensive, and sad, they stand before the camera for a moment in their lives, but ask questions that haunt for years to come. Will they remain in exile? Will they always know an enemy? Will they grow up to forgive or seek revenge? Will they grow up at all?
Sebastião Salgado is one the most respected photojournalists working today, his reputation forged by decades of dedication and powerful black-and-white images of dispossessed and distressed people, taken in places where most wouldn't dare to go. Although he has photographed throughout South America and around the globe, his work most heavily concentrates on Africa, where he has shot more than 40 reportage works over a period of 30 years.
No começo de 2001, Sebastião Salgado deu início a uma série de fotos que iriam documentar os esforços de milhões de voluntários e de duas entidades internacionais - a Organização Mundial de Saúde e o Unicef - para erradicar do planeta uma doença que vitimava então cerca de 20 milhões de pessoas: a poliomielite. Ao longo daquele ano, Salgado registrou campanhas de vacinação na Somália, no Sudão, na Índia, na República Democrática do Congo e no Paquistão, emprestando sua premiada arte fotográfica à Campanha Mundial de Erradicação da Pólio. Assim como em Êxodos; Outras Américas; Retratos de crianças no êxodo; Terra e Trabalhadores, todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras, em O fim da pólio Salgado torna a unir sua estética refinada a um profundo senso ético, colocando a fotografia a serviço não apenas do debate e da discussão, mas principalmente da meta de que o mundo esteja livre da doença, como pretendem a OMS e o Unicef. Além das fotos de Salgado, O fim da pólio tem prefácio do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e traz ainda uma cronologia do combate à doença, além de depoimentos de médicos e colaboradores da OMS e do Unicef.
Em Trabalhadores, Sebastião Salgado investe mais uma vez a sua perícia técnica num projeto de fôlego que registra com olhar solidário o trabalho de homens e mulheres cujo ânimo se sobrepõe às condições mais duras. Reunindo 350 fotografias em preto-e-branco, acompanhadas de um texto introdutório elaborado em parceria com o escritor Eric Nepomuceno, o livro retrata diversas atividades que são sinônimo de trabalho penoso: o drama da tradicional pesca do atum na Sicília, a obstinação de garimpeiros e trabalhadores rurais no Brasil, a paisagem dantesca de uma mina de enxofre na Indonésia, famílias indianas envolvidas na construção de barragens para irrigação, combatentes de incêndios colossais em poços de petróleo no Kwait, resultando na narrativa iconográfica de uma verdadeira epopéia global. Indo além da mera captação de imagens, Salgado confere dignidade ao dia-a-dia das pessoas presas ao círculo estreito da necessidade, de uma perspectiva arqueológica que é completada pelos textos acrescentados às fotos, com informações históricas e factuais. O próprio Sebastião Salgado define a sua prática como "fotografia militante" feita para "compreender melhor os homens", o que se confirma neste livro, homenagem ao trabalho realizado com a força do corpo em imagens de beleza e veracidade eloquentes.
As fotos de Sebastião Salgado são famosas no mundo inteiro. Suas imagens em preto e branco de trabalhadores e refugiados já ganharam inúmeros prêmios e são reconhecidas pela profunda dignidade que despertam no interlocutor. Em 2013, depois de oito anos de reportagens, Salgado expôs pela primeira vez o celebrado Projeto “Gênesis”, que deu origem ao livro de mesmo nome. Em uma jornada fotográfica por lugares intocados, onde o homem convive em harmonia com a natureza, o fotógrafo pôde declarar seu amor à Terra, em sua grandeza e fragilidade. Mas apesar das imagens de Sebastião Salgado já terem dado a volta ao mundo, sua história pessoal, as raízes políticas, éticas e existenciais de seu engajamento fotográfico permaneciam ignoradas. Em Da minha terra à Terra, é seu talento como narrador que surpreende. A autenticidade de um homem que sabe como poucos combinar militância, profissionalismo, talento e generosidade.