O quarto poder trata-se de uma expressão utilizada para declarar que o jornalismo e os meios de comunicação de massa podem exercer determinada influência sobre a sociedade. O termo é assim chamado porque tem como referência os Três Poderes do Estado Democrático que regem a sociedade (Legislativo, Executivo, Judiciário). O termo é utilizado quando se pretende discutir em como a imprensa atua na sociedade no enquadramento de notícias que são levadas a conhecimento público, incluindo a agenda política sobre debates, eleições, atos legais ou ilegais que acontecem na sociedade. Possivelmente hoje você já leu, assistiu ou ouviu alguma notícia de um dos veículos de comunicação de um dos biografados abaixo. Confira a nossa lista!
"Roberto Marinho, o poder está no ar" mergulha na vida do criador do maior império de comunicação da América Latina, o brasileiro mais poderoso de seu tempo. Ao herdar na juventude um jornal criado havia 23 dias pelo pai, Marinho buscou a sobrevivência do negócio que sustentava a mãe viúva e os irmãos menores. Era véspera da ditadura Vargas. Teve de aprender logo a se movimentar num Rio de Janeiro de agentes da repressão, espiões estrangeiros, militares afoitos, agitadores da direita e da esquerda, capitalistas em formação, lobistas, dançarinas de cassinos e compositores dos primeiros sambas. Aos 60 anos, criou a TV Globo sem apoio dos irmãos. Quando levou ao ar o Jornal Nacional, a 1º de setembro de 1969, tinha vivido bem de perto 18 golpes ou tentativas de tomada à força dos palácios do governo. Uma aventura épica para erguer e expandir, nas ventanias da instabilidade, a obra que até hoje desperta sentimentos distintos entre os brasileiros. Com documentos inéditos colhidos em arquivos do país e do exterior e depoimentos de figuras dos bastidores que por décadas se mantiveram em silêncio, o livro descreve a intimidade do biografado e o Brasil da transição do rural para o urbano, tempo de sucessivas rupturas das regras do jogo político.
Dono de um império de quase cem jornais, revistas, estações de rádio e televisão - os Diários Associados - e fundador do MASP, Assis Chateaubriand, ou apenas Chatô, sempre atuou na política, nos negócios e nas artes como se fosse um cidadão acima do bem e do mal. Mais temido do que amado, sua complexa e muitas vezes divertida trajetória está associada de modo indissolúvel à vida cultural e política do país entre as décadas de 1910 e 1960. Chantagista, crápula, escroque, patife, ladrão, tarado - de tudo o que se pode imaginar de ruim ele foi chamado (poucas vezes pela frente, é verdade) por críticos e inimigos. Mas palavras de alta voltagem como empreendedor, pioneiro, visionário, gênio e mecenas também se usaram, torrencialmente, para tentar defini-lo. Como bem mostra Fernando Morais, em nenhum dos dois casos isso se dá por acaso. Chatô, o rei do Brasil é obra de grande esforço jornalístico para retratar, com equilíbrio e rigor, um personagem tão complexo quanto fascinante. “Chatô ensina um bom pedaço da história brasileira da primeira metade do século XX.” - revista Veja
Roberto Civita (1936-2013) era o dono da banca. No auge, seu império editorial - a Abril - teve 10 mil funcionários e mais de trezentos títulos. Workaholic, curioso, grande formador de talentos, homem de convicções fortes mas avesso a confrontos, Civita redefiniu o jornalismo no Brasil ao criar publicações como Veja e Realidade - e por influenciar os rumos do país e da sociedade por meio desses veículos. Das origens familiares na burguesia italiana à crise da mídia impressa no início do século XXI, Carlos Maranhão reconstitui, com elegância, isenção e rigor na apuração, os acertos e os fracassos dessa figura tão fundamental quanto polêmica na história da mídia brasileira.
Seu nome é Senor Abravanel, mais conhecido como Silvio Santos. Sua característica mais marcante é a generosidade, eternizada no famoso bordão 'quem quer dinheiro?'. A boa índole de Silvio Santos, inclusive, é uma faceta de sua personalidade, a qual dez em cada dez de seus funcionários faz questão de ressaltar.Compreendendo os 86 anos da figura icônica que impactou a história e a rotina de milhões de brasileiros, este livro revela, inclusive por meio de relatos e documentos exclusivos, as conquistas e dificuldades que Silvio enfrentou para ser a unanimidade que é hoje: o lado família, o apresentador, o gestor de negócios, o descobridor de talentos, como se deram seus insights de empreendedor, além de inúmeras passagens impressionantes de uma trajetória riquíssima e encorajadora.Entre erros e acertos, recordes de audiência e insucessos, Senor Abravanel construiria um império que, somente com o SBT, já chegou a faturar mais de um bilhão de reais. Assertivo em suas decisões, ele não teme falar o que pensa ou acreditar no que ninguém mais acredita e tudo isso porque sua visão vai além do óbvio. Silvio Santos vem aí!
É tão complexa e rica a trajetória política e social do jornalista Júlio de Mesquita Filho, que este livro pode ser considerado uma porta de entrada para conhecer a sua obra, o seu legado e as suas lutas para transformar o Brasil numa Nação inclusiva e moderna. Júlio dirigiu o jornal O Estado de S. Paulo por mais de quatro décadas, até sua morte, em 1969. Nesse período participou ativamente dos principais acontecimentos e campanhas que mobilizavam o país, atuando inclusive como protagonista na criação da Universidade de São Paulo. Neste livro, as pinceladas sobre sua vida e obra são uma aula sobre a história do Brasil, já que relatam fatos e promovem reflexões sobre questões cruciais para o país. Com textos e reproduções de capas de jornal e fotos de época, o livro revela a trajetória de um dos mais importantes jornalistas do século XX.
Em 1943, no auge da carreira, o jornalista e empresário Cásper Líbero, dono da rádio e do jornal A Gazeta, morreu num acidente da ponte aérea quando o avião em que viajava, o “Cidade de São Paulo”, se preparava para aterrissar na Baía da Guanabara. Personagem controverso, cheio de amigos e de inimigos, sua história de vida passa pelos intelectuais modernistas, duas revoluções, exílios, a II Guerra, o romance com a francesa Maggy e duas tentativas de derrubar Vargas – a quem apoiou depois, de olho na sobrevivência de sua Gazeta. Dias depois da sua morte, seu testamento foi aberto e houve uma surpresa: exceto a casa em que morava com sua companheira Maggy, que ele deixava para ela, todo o resto da sua fortuna Cásper destinava à criação da primeira faculdade de jornalismo brasileira e à fundação que deveria manter sua rádio e seu jornal, remunerar os principais funcionários com o lucro do empreendimento e gerenciar a faculdade de jornalismo. Arrojado e obcecado por novidades tecnológicas, Cásper providenciou a primeira transmissão ao vivo de futebol, durante o Campeonato Sul-Americano de 1922, usando um equipamento avançado para a época, o “telefone alto-falante” – um equipamento que reverberava o jogo lance a lance, narrado por telefone do Rio de Janeiro, que levou uma multidão a se aglomerar na frente do prédio do jornal, de onde saía a notícia. Talentoso criador de eventos de marketing, foi também Cásper quem criou uma das mais tradicionais corridas de rua do país, a São Silvestre, realizada pela primeira vez em São Paulo, em 1925, com 62 atletas inscritos – em 2019, a competição recebe nada menos que 35 mil inscrições de atletas de várias partes do mundo. (...)
A biografia definitiva do homem que revolucionou o jornalismo brasileiro e testemunhou eventos decisivos do Brasil no século XX. Samuel Wainer (1912-1980) foi dos maiores nomes da imprensa brasileira de todos os tempos. Fundador da cadeia de jornais Última Hora, transformou a indústria da notícia no país, em especial por meio da valorização profissional dos jornalistas, do design arrojado de suas publicações e de extrema sensibilidade às questões de um público antes não contemplado pelos noticiosos. Testemunha ativa de acontecimentos que moldaram o Brasil contemporâneo, Wainer despertava paixões e ódios na mesma medida. Professando a crença de que a imprensa deveria ter lado ― no seu caso, o do trabalhismo ―, enfrentou inimigos poderosos num contexto de extrema polarização ideológica, mas também foi amigo íntimo de presidentes, generais, ministros e empresários, relações das quais sempre soube tirar proveito. Com amparo em fontes diversas ― muitas inéditas ― e dezenas de entrevistas, Karla Monteiro procura equilibrar as ambivalências desse formidável personagem, e entrelaça a aventurosa e mundana biografia de Wainer às tramas secretas do poder entre a ditadura do Estado Novo e a alvorada da Nova República.
A presente obra é um esforço de organização das ideias políticas do célebre tribuno e líder político brasileiro Carlos Lacerda, em tópicos de fácil acesso e com ampla sustentação em seus textos originais e nos posicionamentos que assumiu ao longo de sua trajetória como homem de ação. O jovem autor Lucas Berlanza oferece em seu Lacerda: A Virtude da Polêmica, com prefácio de Antonio Paim e o endosso de lacerdistas históricos, uma visão abrangente dos principais temas que nortearam as decisões e caminhos de um dos personagens mais importantes do Brasil do século XX, ensejando uma reflexão sobre a atualidade de suas interpretações e o significado de sua personalidade para a tradição política do liberalismo e do conservadorismo no Brasil.
Após 45 anos de dedicação exclusiva ao Grupo RBS – a principal empresa de mídia do Sul do país e uma das gigantes da comunicação no Brasil –, Nelson P. Sirotsky sentiu que era hora de repensar seus objetivos e dar início a uma nova etapa em sua vida.Desse momento de reflexão nasceu este livro escrito a quatro mãos em parceria com a romancista Leticia Wierzchowski. O oitavo dia conta a trajetória de Nelson, ajuda a entender a sua personalidade, revela os bastidores dos 21 anos em que esteve na presidência da RBS e narra a saga de sua família – da chegada de seus avós ao Brasil, fugindo dos horrores das perseguições religiosas, aos dias de hoje.Dividido em quatro narrativas que se cruzam, o livro é um misto do relato franco e honesto do protagonista-autor com pesquisas e histórias reais, entrelaçados num fio habilmente urdido pela autora. Tudo isso daria mesmo um instigante romance.Repleto de personagens fortes e marcantes, este é o retrato literário da alma de um ser humano que se reinventa a partir das próprias virtudes e fraquezas, um mergulho em seus valores e sua espiritualidade. Uma história de passado e futuro, de coragem, recomeços e memórias."Este não é um livro de memórias. Não é uma biografia. Não é uma história empresarial. Não é uma obra de ficção. Não é um romance. Não é um livro de revelações. O oitavo dia é um pouco de tudo isso." – Nelson P. Sirotsky
Pode-se dizer sem medo de erro ou exagero que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, mais conhecido como Boni, é o responsável pela criação da televisão brasileira, tal como a conhecemos hoje. Foi ele quem ditou um padrão de excelência que colocou a produção televisiva nacional girando em telinhas pelos quatro cantos do planeta. Boni, porém, fez muito mais, como apresenta este livro, que reúne uma série de histórias inéditas de sua vida e profissão, em que têm como protagonistas alguns dos nomes mais importantes e conhecidos da comunicação do país: seja do rádio, onde ingressou aos 15 anos, atuando em seguida em programas célebres, da publicidade e, é claro, na televisão - não apenas da TV Globo, onde se notabilizou, mas também da TV Tupi, onde ingressou em 1952, TV Paulista, TV Rio, TV Excelsior. Os grandes autores, como Janete Clair e Dias Gomes, humoristas, como Chico Anysio e Jô Soares, e atores que se transformaram em referências nacionais, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Regina Duarte e Tony Ramos, além de notáveis jornalistas e diretores, acompanham as histórias de Boni, que refaz nesse livro definitivo o caminho de sua infância à "vênus platinada". Uma trajetória de grandes encontros, desafios e sucesso. Com bom humor e riquezas de detalhes, o leitor terá a chance de conhecer em O livro do Boni mais de 60 anos de história da comunicação brasileira narrada por seu grande mestre. Ao fim, verá que o melhor de todos os enredos é, sem dúvida, o de sua própria vida.