A MPB, sigla derivada da expressão Música Popular Brasileira, é um gênero musical surgido no Brasil em meados da década de 1960. A MPB surgiu a partir de 1966 na cidade do Rio de Janeiro com a segunda geração da bossa nova, mas com uma forte influência do folclore brasileiro que já vinha desde 1932. Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até então divergentes, a bossa nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes. Os primeiros defendendo a sofisticação musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira. Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a sigla MPB na sua bandeira de luta. A Jovem Guarda e a Tropicália são movimentos musicais que fazem parte da MPB, mas a Tropicália se identificou mais com a MPB do que a Jovem Guarda devido as misturas de ritmos nacionais com as internacionais. Conheça a escolha dos nossos editores para os melhores discos de MPB em vinil para você comprar on-line.
Apresentando-se através da música escrita por roberto e erasmo carlos, “meu nome é gal’, uma das maiores cantoras brasileiras lançava, em 1969, seu segundo álbum solo, “gal”. Produzido por manuel barembein, esse disco volta às prateleiras pela coleção “clássicos em vinil”, da polysom. A voz marcante e inconfundível de gal costa já deixava claro, desde seu primeiro álbum solo, homônimo, que tratava-se de um dos maiores talentos de todos os tempos da música brasileira. “gal” é considerado o trabalho mais psicodélico de sua carreira, o que fica perceptível até mesmo na imagem da capa. Composto por 9 faixas, ela dá voz à canções de grandes compositores, como jorge ben jor (“país tropical” e “tuareg”), caetano veloso (“cinema olimpia” e “the empty boat”), jards macalé e capinam (“pulsar e quasars”), entre outros. Lado a 1. Cinema olimpia 2. Tuareg 3. Cultura e civilização 4. País tropical - participação: g. Gil e c. Veloso 5. Meu nome é gal lado b 1. Com medo, com pedro 2. The empty boat 3. Objeto sim, objeto não 4. Pulsar e quasars.
Tendo lançado seu primeiro álbum, homônimo em 1974, aos 66 anos, cartola mostrava porque já há muito tempo era considerado um dos maiores representantes do samba. A sequência da obra desse grande mestre, chegou às lojas dois anos depois, em 1976, com “cartola”. Trazendo mais alguns grandes sucessos de sua carreira, como “o mundo é um moinho” e “as rosas não falam”, o disco volta às prateleiras em vinil de 180 gramas, pela coleção “clássicos em vinil”, da polysom. O disco, assim como o primeiro, traz arranjos de horondino josé da silva (dino), com produção de juarez barroso. Das 12 faixas, 10 são de autoria de cartola, sendo uma em parceria com alcebíades barcelos. Completando o álbum, estão “preciso me encontrar”, de candeia, e “senhora tentação”, de silas de oliveira. Entre as participações especiais, destaca-se a de creusa, filha de criação do cartola, que canta com ele duas faixas. Lado a 1. O mundo é um moinho 2. Minha 3. Sala de recepção 4. Não posso viver sem ela 5. Preciso me encontrar 6. Peito vazio lado b 1. Aconteceu 2. As rosas não falam 3. Sei chorar 4. Ensaboa 5. Meu drama 6. Cordas de aço
Pai da soul music brasileira, Tim Maia dispensa apresentações, sendo um dos maiores artistas da música brasileira. Já em seu álbum de estreia, homônimo lançado em 1970, ele mostrava que estava destinado a se tornar uma lenda. Considerado um dos 100 melhores da discografia nacional, o disco volta às prateleiras tal qual o original, pela coleção “Clássicos em Vinil”, da Polysom, com licenciamento da Universal. O álbum foi produzido por Jairo Pires e Arnaldo Saccomani e é composto por 12 faixas, em sua maioria assinadas pelo cantor. Apresentando ao Brasil sua voz inconfundível e estilo único, Tim registrou nesse primeiro disco alguns de seus maiores sucessos, como “Azul da Cor do Mar”, “Cristina”, parceria sua com Carlos Imperial, “(Vai Chuva) Primavera” e “Eu Amo Você”, essas duas últimas de autoria de Cassiano e Silvio Rochael, entre outras. LADO A 1. CORONEL ANTONIO BENTO (CORONÉ ANTONIO BENTO) 2. CRISTINA 3. JUREMA 4. PADRE CÍCERO 5. FLAMENGO 6. VOCÊ FINGIU LADO B 1. EU AMO VOCÊ 2. (VAI CHUVA) PRIMAVERA 3. RISOS 4. AZUL DA COR DO MAR 5. CRISTINA Nº 2 6. TRIBUTO À BOOKER PITTMAN
Simultaneamente a “infinito particular” (2006) marisa monte lançou um espetacular álbum de samba. Produzido por ela em parceria com mario caldato, “universo ao meu redor” (2006) foi aclamado pelo público e pela crítica e traz sucessos como “meu canário”, “o bonde do dom” (arnaldo antunes/ carlinhos brown/ marisa monte), “meu canário” (jayme silva), “três letrinhas” (moraes moreira/galvão) e “vai saber” (adriana calcanhotto).lado a 1. Universo ao meu redor 2. O bonde do dom 3. Meu canário 4. Três letrinhas 5. Quatro paredes 6. Perdoa, meu amor 7. Cantinho escondido l a d o b 1. Statue of liberty 2. A alma e a matéria 3. Lágrimas e tormentos 4. Satisfeito 5. Para mais ninguém 6. Vai saber? 7. Pétalas esquecidas.
Elza pede passagem’ marca a volta da cantora ao Brasil, após uma temporada na Europa, onde se manteve longe das polêmicas provocadas pelo seu relacionamento o jogador de futebol Mané Garrincha. O disco reúne compositores de diferentes gerações, como os consagrados Vinicius de Moraes, Luís Reis e Haroldo Barbosa, ao lado dos novatos Gonzaguinha e João Nogueira. A capa, em que Elza aparece com penteado Black Power e calças pantalonas em pose que sugere elegante ginga, dá pistas do que o ouvinte encontrará. O famoso suingue da intérprete é realçado pelos azeitados arranjos assinados pelo instrumentista, compositor e arranjador Dom Salvador, uma das lendas do samba-soul, o que fez este disco ser aclamado pela crítica especializada e se tornar um dos clássicos do gênero. No auge vocal, Elza arrasa nas faixas ‘Cheguendengo’ (Antônio Carlos Pinto/ Jocafi/ Renato Luís Lobo), ‘Saltei de banda’ (Zé Rodrix/ Luiz Carlos Sá) e ‘Pulo, pulo’ (Jorge Ben Jor).
Em 1974, Secos e Molhados gravava o seu segundo e último álbum com a formação original. Mais elaborado e menos popular que o primeiro, como “definido” por Ney Matogrosso, o disco é composto por músicas de temática social como “O Doce e o Amargo”, “Preto Velho” e “Tercer Mundo”. Com poucas palavras, a cabeça do grupo e compositor João Ricardo conseguia abordar temas profundos, como em “Não: Não digas nada”, em “Toada & Rock & Mambo & Tango & ETC” e no único hit do disco “Flores Astrais”, que são interpretadas com toda a expressividade da voz de Ney. A última oportunidade de ouvir o Secos e Molhados na formação original. Vinil de 12 polegadas.
Apresentando um estilo totalmente novo, batizado de manguebeat, a chegada de chico science & nação zumbi certamente mudou os rumos da música nacional. Um dos grupos mais inventivos dos anos 1990, lançou seu primeiro trabalho, “da lama ao caos”, em 1994. E é esse grande álbum da discografia brasileira que a polysom relança agora pela coleção “clássicos em vinil”. O disco foi produzido por liminha e é composto por 11 faixas. Apresentando ao brasil um ritmo que misturava o maracatu, rock, hip hop e funk, chico science & nação zumbi traziam em suas letras temas sociais que, mesmo após 20 anos, são atuais. Entre os grandes sucessos, estão a faixa-título, “samba makossa”, “a praieira”, “rios, pontes e overdrives”, entre outros. Lado a 1. Monólogo ao pé do ouvido/ banditismo por uma questão de classe 2. Rio, pontes e overdrives 3. A cidade 4. A praieira 5. Samba makossa lado b 1. Da lama ao caos 2. Maracatu de tiro certeiro 3. Salustiano song 4. Antene-se 5. Risoflora 6. Lixo do mangue.
Considerado um dos melhores álbuns de jorge ben, o disco tem a alquimia como um dos temas principais e alguns arranjos com efeitos especiais completando o clima cósmico. Nessa época, o músico estudava filosofia e teologia, especialmente a obra de tomás de aquino, citada em várias faixas, são dessa fornada o clássico absoluto “os alquimistas estão chegando os alquimistas”, “hermes trimegisto e sua celeste tábua de esmeralda” e “errare humanum est”. Sempre pregando a felicidade e paz de espírito nas letras e na sua irresistível base, o artista manda brasa com seu canto chorado e suingue malandro em outras pérolas do álbum como “o homem da gravata florida”, “o namorado da viúva”, “eu vou torcer”, “menina mulher da pele preta”, “minha teimosia, uma arma pra te conquistar”, “magnólia”, “zumbi”, “brother” e “cinco minutos”. Lado a 1. Os alquimistas estão chegando os alquimistas 2. O homem da gravata florida 3. Errare humanum est 4. Menina mulher da pele preta 5. Eu vou torcer 6. Magnólia lado b 1. Minha teimosia, uma arma pra te conquistar 2. Zumbi 3. Brother 4. O namorado da viúva 5. Hermes trismegisto e sua celeste tábua de esmeralda 6. Cinco minutos (5 minutos)
Em 1973, Chico Buarque viu sua segunda peça teatral, ‘Calabar, o elogio da traição’, ser cancelada às vésperas da estreia Escrita a quatro mãos com o cineasta Ruy Guerra, a obra relativizava a opção do mulato Domingos Fernandes Calabar, que lutou ao lado dos invasores holandeses contra a coroa portuguesa, entrando para a história oficial brasileira como um traidor. O general Antônio Bandeira, diretor-geral da Polícia Federal na época, proibiu a montagem, interditou o nome Calabar e até mesmo desautorizou a divulgação da censura. Obviamente, o LP com a trilha sonora da peça não escapou do veto autoritário. Sua liberação ocorreu ainda em 1973, mas apenas após mudanças radicais na capa, originalmente dupla, que estampava a foto de um muro pichado com o nome Calabar e passou a ser branca O título ‘Chico canta Calabar’ também foi trocado para ‘Chico canta’, pois as iniciais CCC lembravam o Comando de Caça aos Comunistas. O disco também sofreu alterações – apenas as versões instrumentais de ‘Vence na vida quem diz sim’ e ‘Ana de Amsterdam’ foram liberadas Personagem que chega ao Brasil em busca de melhores dias, a holandesa Anna ainda escandalizou os censores uma vez mais, ao explicitar seu amor homossexual por Bárbara, cuja canção ‘Bárbara’ teve o verso “no poço escuro de nós duas” subtraído da gravação. Coautor das composições, Ruy Guerra viu a palavra ‘sífilis’ (uma das “heranças lusitanas”) ser suprimida dos versos declamados por ele em ‘Fado tropical’ Posterior sucesso de Ney Matogrosso, a marcha ‘Não existe pecado ao sul do Equador’ teve os originais “vamos fazer um pecado safado debaixo do meu cobertor” trocados para “vamos fazer um pecado rasgado, suado, a todo vapor”. De volta com sua capa original, ‘Chico canta Calabar’ representa o auge da perseguição sofrida pelo artista durante a ditadura. Como reação, seu disco seguinte, ‘Sinal fechado’, traria apenas composições de outros, ainda que entre Paulinho da Viola e Noel Rosa, aparecesse um certo Julinho da Adelaide. Mas isso já é outra estória...
“Todos os Olhos” é um marco na carreira de Tom Zé. Lançado em 1973, é um álbum experimental, angustiado, inventivo e genial. Os arranjos e as composições primam pela diversidade e por desenlaces inesperados. Os temas vão da São Paulo, que o baiano escolheu para viver, à Brigitte Bardot. Como letrista, Tom Zé faz poesia com o improvável, às vezes é alegres, outras tristes, mas sem nunca perder o sarcasmo que lhe é característico. São desse disco sucessos do compositor como “Augusta, Angélica e Consolação”, “Brigitte Bardot” e “Todos os Olhos”. Além de “Cademar” (quase um poema concreto), “Complexo de Épico”, a country “Dodó e Zezé” (com cavaquinho de Rogério Duprat), “Quando Eu Era Sem Ninguém”, “Botaram Tanta Fumaça”, “O Riso e a Faca”, “Um ‘Oh’ e um ‘ha’” e a melancólica versão de “A Noite de Meu Bem”, de Dolores Duran. LADO A 1. COMPLEXO DE ÉPICO 2. A NOITE DO MEU BEM 3. CADEMAR 4. TODOS OS OLHOS 5. DODÓ E ZEZÉ 6. QUANDO EU ERA SEM NINGUÉM LADO B 1. BRIGITTE BARDOT 2. AUGUSTA, ANGÉLICA E CONSOLAÇÃO 3. BOTARAM TANTA FUMAÇA 4. O RISO E A FACA 5. UM ‘’OH’’ E UM ‘’AH’’ 6. COMPLEXO DE ÉPICO