Conhecido no Brasil e na América Latina como "Rei", Roberto Carlos começou a sua carreira no início da década de 1960 sob influência do samba-canção e da bossa nova. Com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, fundou as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil. Com a fama, estrelou ao lado de Erasmo e Wanderléa um programa na RecordTV chamado Jovem Guarda, que daria nome ao primeiro movimento musical do rock brasileiro, e que os alçou Roberto ao status de ídolos da geração. Além da carreira musical, estrelou filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (1968), Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa (1970) e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora (1971). Confirma mais sobre a história do Rei nos livros abaixo.
Ninguém na música brasileira foi – e ainda é -- mais popular do que Roberto Carlos. As dezenas de milhões de discos vendidos, a onipresença na televisão desde os anos 1960, os hits que marcaram gerações, os trunfos artísticos e os dramas pessoais, a figura pública reservada, a religiosidade, as brigas na justiça – todos esses fatos são públicos e notórios. Mas são poucas as fontes acessíveis – não apenas a seus inúmeros fãs, mas também a qualquer interessado na cultura brasileira – capazes de traçar, sem arroubos de tiete ou cores sensacionalistas, o percurso desse artista singular. Publicada no momento em que o artista completa 80 anos, esta biografia de Jotabê Medeiros consegue justamente isso.Autor de consagrados livros sobre Belchior e Raul Seixas, Jotabê se aprofunda na formação musical do artista, desde a infância em Cachoeiro do Itapemirim e os primeiros passos cantando à moda de João Gilberto, até a explosão como líder do incipiente rock nacional e os hits que ao longo de décadas emplacou entre os mais ouvidos do país. Ao contrário da Bossa Nova, de origem burguesa e universitária, o rock no Brasil surgiu na periferia carioca. O ritmo chegou pelas mãos de jovens talentosos, atentos ao que acontecia nos Estados Unidos, mas que atravessavam a cidade de ônibus para trabalhar e estudavam à noite. Este livro percorre esse universo suburbano por onde Roberto Carlos circulava no início dos anos 1960, pouco antes de estourar no rádio com Splish Splash e É proibido fumar, e na televisão à frente da Jovem Guarda. Os programas de rádio do Rio e de São Paulo que pegavam fogo, as bandas de rock que se multiplicavam arrastando multidões, o impacto comportamental e publicitário do iê-iê-iê, os ecos na personalidade metódica e na carreira construída com esmero, as amizades e turbulências com Tim Maia, Erasmo Carlos e o exuberante Carlos Imperial, tudo isso salta com vigor dessas páginas -- e com a verve de um jornalista musical tarimbado que testemunhou boa parte do que narra no livro. Roberto Carlos – por isso essa voz tamanha é uma biografia musical interessada em compreender a complexidade de um ídolo. É um livro que o debate cultural brasileiro há tempos faz por merecer.
As canções que ele fez para todos nós estão agora reunidas em dois volumes, mostrando o que há de melhor em sua carreira. Este volume inclui 45 músicas, tais como: Como é grande o meu amor por você, Jesus Cristo, Nossa canção, Café da manhã, A montanha, Detalhes, Outra vez, Desabafo, Eu quero apenas, A distância, Cama e mesa, Abandono, Como vai você, Nossa canção, Querem acabar comigo, Sua estupidez, Amante à moda antiga, Os seus botões, Proposta, Meu pequeno Cachoeiro, Só vou gostar de quem gosta de mim, Ciúme de você, Mulher de 40, Eu sou terrível e muitas outras.
Desde a Jovem Guarda, Roberto Carlos é um sucesso de público e fenômeno de vendas. A crítica musical, porém, demorou a lhe estender o tapete vermelho. A maior parte do tempo ele foi visto como um cantor alienado, brega, carola e acomodado. Para contar a trajetória do mais bem-sucedido nome da música brasileira de todos os tempos, sob o ponto de vista da imprensa especializada, o pesquisador Tito Guedes garimpou centenas de resenhas publicadas desde os anos 60 até hoje. O resultado é Querem acabar comigo, um retrato da obra do Rei a partir de uma perspectiva inédita. Em mais de meio século de carreira, Roberto viveu uma relação difícil com a crítica, pouco generosa em suas análises e na contramão da crescente popularidade do ídolo. Querem acabar comigo mostra, curiosamente, que os raros momentos de trégua se deram quando medalhões respeitados da MPB abraçaram o cantor: na Tropicália, com Caetano Veloso à frente; com a homenagem de Nara Leão no fim dos anos 70; ou quando Maria Bethânia gravou um aplaudido tributo ao Rei. Com prefácio do jornalista Arthur Dapieve, Querem acabar comigo é fruto de uma pesquisa extensa em grandes veículos como Folha de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo, Manchete e Veja. E, ao longo do tempo, muitas das críticas sobre os discos de Roberto Carlos foram assinadas por nomes de prestígio, entre eles Sérgio Cabral, Flavio Marinho, Augusto de Campos, Fausto Wolff, José Miguel Wisnik, Tárik de Souza, Mauro Ferreira e Carlos Calado.
Roberto Carlos é o maior ídolo da história da música popular brasileira. Recordista em vendas de discos, é dono dos maiores sucessos do nosso cancioneiro popular, atingindo todas as idades e classes sociais. Neste primeiro volume da biografia Roberto Carlos outra vez, Paulo Cesar de Araújo parte de extensa e minuciosa pesquisa em documentos, arquivos, acervos e depoimentos para narrar o começo da vida e da carreira daquele que é chamado de Rei, da infância de menino pobre no interior do Espírito Santo ao estrelato.Autor de Roberto Carlos em detalhes (2006), alvo de disputa judicial que abriu caminho para a histórica decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a liberação de biografias não autorizadas, Paulo Cesar de Araújo volta ao seu biografado mais ilustre com um livro novo, totalmente refeito e que faz um casamento muito original entre as canções mais conhecidas e cada etapa da vida do artista. O livro é repleto de informações e histórias inéditas, curiosidades e detalhes incríveis, inclusive sobre como nasceram e foram gravados hits como “Jesus Cristo”, “Sua estupidez”, “Quero que vá tudo pro inferno”, “É preciso saber viver”, “As curvas da estrada de Santos” e “Como é grande o meu amor por você”.Reconhecido hoje internacionalmente como um ícone romântico, neste volume vemos o jovem Roberto iniciando-se na bossa nova, depois astro do rock ― dos musicais de televisão e do cinema. Com o parceiro Erasmo Carlos e outros que se tornariam grandes nomes da nossa música, estabeleceu as bases para o rock nacional. A Jovem Guarda influenciaria o comportamento da nossa juventude e a forma como a sua trilha sonora seria feita no país, alçando o cantor a um nível de sucesso inimaginável ― uma beatlemania à brasileira, que provocaria debates, polêmicas e passeatas contra a guitarra. Até que, no início dos anos 1970, um novo Roberto começa a surgir – conforme poderá ser visto no volume 2 desta biografia.
Em novembro de 2006, Paulo Cesar de Araújo lançou Roberto Carlos em detalhes, primeira biografia de fôlego do maior ídolo da música brasileira. A recepção imediata do livro foi proporcional ao tamanho da empreitada. Em poucos dias, ele ganhava resenhas entusiasmadas e atingia a lista de best-sellers. Não foi para menos: o trabalho consumiu dezesseis anos de pesquisa, contou com centenas de entrevistas com as maiores personalidades da MPB e figuras-chave na vida do cantor, e condensava em uma narrativa ágil e equilibrada todo o percurso do ícone da Jovem Guarda. Mas a boa onda duraria pouco. Em sua coletiva de Natal daquele ano, Roberto Carlos reagiu com virulência quando indagado sobre o livro. Acusando o autor de invadir sua privacidade, disse que o caso já estava com seus advogados, que em breve entrariam na Justiça para impedir a circulação da biografia. Em 10 de janeiro de 2007, o rei de fato bateu às portas dos tribunais contra o autor e sua então editora. Foi o início de uma rumorosa batalha judicial, dolorosíssima para todas as partes, e também de uma das mais graves agressões à liberdade de expressão na história brasileira recente. A reação que se seguiu à notícia de que Roberto Carlos propusera ações nas esferas cívil e criminal contra Paulo Cesar - que resultaram na apreensão do livro - ocupou os principais veículos de comunicação do país e alguns no exterior. A polêmica envolveu não só personalidades da política, da cultura e das artes no Brasil, como pessoas comuns, que comentavam avidamente o caso, em redes sociais, blogs, praças, praias, bares. Nunca antes o debate sobre a proibição de uma obra alcançou tamanha repercussão no país. O livro conta a história interna dessa história. Os detalhes, os bastidores. Trata de música e censura. De artistas e advogados. De entusiasmo juvenil e audiências judiciais. Da busca por fontes e negativas. Da luta entre liberdade de expressão e controle da informação. É, antes de tudo, a história de um biógrafo que tenta encontrar sentido nos anos dedicados a estudar a trajetória de seu ídolo na música brasileira. É uma história ainda sem ponto final, mas sobretudo por isso necessária, que deve ser lida por todos os que se interessam pela discussão em torno da liberdade de expressão em nosso país.
Roberto Carlos é o artista mais popular da música brasileira de todos os tempos. Para além de todo juízo de valor, ele é uma expressão do Brasil - mais do que qualquer outro, ajudou a formar o gosto médio do brasileiro, numa chave moderna. Nas palavras de Chico Buarque, Roberto é o mais moderno dos cantores românticos latinos. O volume 79, da série Folha Explica, aborda a arte, a carreira e os mitos de Roberto Carlos de modo sucinto, conduzindo a uma avaliação do seu legado. Escrito por Oscar Pilagallo, o livro traz a filmografia e a discografia completa do cantor.
Ele veio ao mundo para topar qualquer parada. Erasmo Carlos não só venceu os muitos desafios que o destino colocou no seu caminho, como se tornou um dos primeiros popstars brasileiros. Minha Fama de Mau conta como o menino criado pela mãe numa casa de cômodos, superou todas as limitações e o preconceito da Zona Sul carioca, consagrando-se, junto ao amigo Roberto Carlos, como o porta-voz sentimental de milhões de pessoas. Não só um ícone da MPB, Erasmo é também, como diz a letra de Amigo, uma pessoa doce, engraçada e generosa. Um artista deliciosamente humano que, através de suas memórias, conta as dificuldades e alegrias da juventude marcada pelo fenômeno da Jovem Guarda e da fama tão inesperada como explosiva. No começo de tudo, era quase impossível prever que tanto sucesso chegaria. De estoquista de loja de sutiãs a carregador de tijolos refratários, Erasmo fez de tudo até alcançá-lo - experiências frustradas que o convenceriam de que seu destino definitiva-mente era trabalhar com música. O primeiro passo era pensar no nome artístico: "Sempre achei o nome Erasmo, sozinho, de uma pobreza enorme, artisticamente falando. Não me sentia confortável ao ser anunciado nas quermesses. Resolvi então as-sumir meu nome completo e ficou pior", conta ele, que, na falta de um segundo nome forte para um cartão de visitas, foi buscar inspiração num almanaque que destacava a energia ímpar atribuída ao nome Carlos pelos mestres do ocultismo. Cada letra que compõe o nome é na verdade a inicial de uma representação da nobreza: "C" de Cristo, rei dos judeus; "A" de águia, rainha das aves; "R" de rosa, rainha das flores; "L" de leão, rei dos animais; "O" de ouro, rei dos metais; e "S" de Sol, rei dos astros. "Erasmo Carlos. Esse era eu." Nascia dentro do jovem rapaz a personalidade hoje consagrada por parceiros como Rita Lee, para quem Erasmo é o "pai do rock brasileiro". Mas o peso do título jamais seria razão para deslumbramento. Neste livro, o adulto que conta as histórias é o mesmo garoto criado com simplicidade e amor pela zelosa Dona Diva. Os vizinhos do velho casarão tijucano só não poderiam imaginar que o mesmo Erasmo que aprontava todas ao lado de Tim seria hoje uma figura ilustre da música brasileira ao lado do mesmo Tim, sobrenome Maia. Por dois anos e meio Erasmo reuniu essas e outras passagens que costurariam os detalhes de sua vida e sua carreira. Aos 68 anos, quase seiscentas composições e muitos prêmios depois, se mostra tão à vontade no texto quanto nos tempos da Jovem Guarda. As amizades, cultivadas ao longo de décadas, continuam firmes. A família é representa-da pelos filhos Gil, Gugu e Léo, que formam junto ao pai "os quatro homens dependen-tes", de quem fala na música Mulher, de 1981. Personificada, essa mulher seria Nara, sua esposa por 16 anos e ainda fonte de inspiração. Sentado à beira do mesmo caminho, Erasmo acredita na sorte: "Mas também acredito no azar, bicho. Consegui na vida muito mais do que imaginei, não tenho do que reclamar."