Darcy Ribeiro foi um antropólogo, historiador, sociólogo escritor e político brasileiro filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), conhecido por seu foco em relação aos indígenas e à educação no país. Suas ideias de identidade latino-americana influenciaram vários estudiosos latino-americanos posteriores. Como Ministro da Educação do Brasil realizou profundas reformas, o que o levou a ser convidado a participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai, depois de deixar o Brasil devido à ditadura militar de 1964. Confira a nossa lista dos top 10 livros de Darcy Ribeiro.
Obra magistral de Darcy Ribeiro, um dos maiores antropólogos brasileiros, "O Povo Brasileiro" é uma tentativa de compreender quem somos, o que somos e a importância do nosso país. Este clássico retrata o inconformismo pela desigualdade social e percorre a história da formação da civilização brasileira.
"Os índios e a civilização" é obra da maturidade intelectual de Darcy Ribeiro, um dos maiores antropólogos brasileiros. No livro, ele analisa com profundidade as relações entre as etnias indígenas e o contingente populacional em processo de expansão de novas áreas no território brasileiro ao longo da primeira metade do século XX.
As Américas e a civilização constitui-se no segundo livro a compor a série “Estudos de Antropologia da Civilização” concebida por Darcy Ribeiro que é compostas por O processo civilizatório, As Américas e a Civilização, O dilema da América Latina, Os Brasileiros: 1 - Teoria do Brasil, e Os índios e a civilização.As reflexões aqui presentes vieram à lume durante o período em que o intelectual esteve no exílio. Trata-se de uma análise profunda dos processos histórico-culturais vividos pelos povos gestados na América a partir de uma perspectiva inovadora, na qual buscou-se evitar abordagens tradicionais marcadas por visões eurocêntricas.O desafio a que Darcy se colocou neste livro é dos mais espinhosos: tratar de forma conjunta das particularidades e percursos que marcaram as diferentes populações do vasto continente americano. Como extremo estudioso da História que foi, o antropólogo reúne num só livro os caminhos e descaminhos dos habitantes da América do Norte, Central e do Sul. E faz isso com a propriedade de quem não apenas estudou suas origens e experiências históricas, como também de quem percorreu boa parte das terras americanas.
“A crise da Educação no Brasil não é uma crise; é um projeto”. Esta frase de Darcy Ribeiro se tornou famosa por, infelizmente, traduzir a situação pouco animadora dos níveis educacionais do país. Ao longo de sua vida, o velho mestre Darcy, ao invés de se resignar e aceitar calado tal realidade, sempre arregaçou as mangas e foi um dos brasileiros que mais contribuiu para a melhoria da Educação brasileira em todos os seus níveis. Educação como prioridade é uma amostra privilegiada do que Darcy pensava – e do que era capaz de realizar – no campo da Educação. Numa primeira parte, encontram-se reflexões que correspondem a diagnósticos amplos sobre a situação precária do ensino no país. Na segunda, estão reunidos textos de Darcy e de sua equipe de trabalho da época em que foi Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, alguns deles inéditos em livro. Numa terceira parte, nos deparamos com escritos de Darcy acerca da formação do professor e de importantes questões pedagógicas. No quarto segmento, estão agrupados três importantes textos de Darcy acerca dos rumos da universidade brasileira. Na quinta parte, o leitor tem ao seu dispor um conjunto de importantes textos de Darcy sobre a LDB. O livro fecha com importantes depoimentos de Darcy sobre mestres que, segundo ele, lhe serviram de grande inspiração.
Maíra, primeiro romance do inesquecível Darcy Ribeiro, revela sua experiência como antropólogo e apaixonado defensor da causa indígena. Mesclando sua convivência ao lado dos índios e seu amplo conhecimento teórico, ele constrói uma narrativa admirável onde o mitológico, o social e o individual se cruzam para formar um espaço novo e raro.
O dinamismo do pensamento de Darcy Ribeiro sempre foi objeto de intensas polêmicas. A cada artigo ou livro que brotava de suas pesquisas e reflexões, ânimos e mentes nunca permaneciam indiferentes. Os dois ensaios do antropólogo que compõem este Configurações histórico-culturais dos povos americanos aparecem aqui devidamente analisados por intelectuais brasileiros e estrangeiros de peso que, no início dos anos 1970, foram convidados a expor suas impressões acerca das ideias de Darcy sobre as disparidades que pautaram a formação dos povos no continente americano e acerca de etapas fundamentais que vincaram a evolução sociocultural da humanidade.
No livro "Gentidades" estão reunidos três textos do antropólogo Darcy Ribeiro que denotam sua fluência para desvendar os mistérios do homem. O educador analisa "Casa-grande & senzala", obra-mestra de Gilberto Freyre, reflete a respeito do índio Uirá que, um desterrado em sua própria terra, e escreve sobre Salvador Allende, presidente do Chile cuja história política Darcy acompanhou de perto. Esta obra atesta o dom de Darcy para seduzir nossas mentes com sua visão clara e ao mesmo tempo profunda sobre os dilemas humanos.
Muitos tem questionado nos últimos anos acerca da unidade da América Latina. Afinal de contas, quais os aspectos que unem os diversos países que integram o continente? Será correto falar de uma grande nação latino-americana, unida por traços culturais e sonhos comuns?Em América Latina: a Pátria Grande, Darcy Ribeiro procura ligar os diversos pontos que formam a grande comunidade denominada “América Latina”. Mergulhando com profundidade no estudo da história dos povos que fizeram parte de sua formação, o autor desvenda os motivos que levaram populações tão avançadas do ponto de vista socio-cultural a ocuparem uma posição secundária no plano internacional. Outro alvo de Darcy é compreender o que motivou o estabelecimento de regimes de governo ditatoriais em várias nações latino-americanas.
Cândido Mariano da Silva Rondon traz dois textos de Darcy Ribeiro sobre Rondon. O primeiro ―A obra indigenista de Rondon ― saiu em 1958 nos Cadernos de Cultura, do MEC. O segundo ― Os quatro princípios de Rondon ― configura-se no necrológio do sertanista, falecido em 1958. Quando dava os primeiros passos em sua exitosa carreira de antropólogo, trabalhando no Serviço de Proteção aos Índios, Darcy Ribeiro teve a oportunidade de conhecer um dos homens que mais souberam se relacionar com os povos nativos do Brasil: Cândido Rondon. Como não poderia deixar de ser, a identificação entre os dois foi grande. A preocupação com a conservação do meio ambiente, o respeito pelos conhecimentos de ordem teórica e prática que os índios cultivavam no trato e no aproveitamento dos bens presentes na natureza e, além de tudo, uma ânsia de ver uma nação mais justa e igualitária do ponto de vista social. Este livro traz ao fim uma lista dos escritos de Rondon e uma bibliografia com indicações de textos que tratam da trajetória e da obra do sertanista. O livro traz também um caderno iconográfico com fotos pertencentes ao Museu do Índio, ligado à FUNAI. As fotos trazem momentos marcantes da vida de Rondon, algumas delas, inclusive, registros de sua convivência com os índios que encontrou durante suas andanças pelo Brasil afora.
Os textos aqui reunidos são um retrato da paixão imensa que Darcy Ribeiro tinha pelo nosso país. Ele sonhou o Brasil como uma nova civilização, e foi à luta. Aqui Darcy fala claramente o que pensa sobre o Brasil e seus desafios, a história das sociedades humanas, as Américas, abrangendo as relações sociais básicas e os meios de subsistência dos povos.