Valter Hugo Mãe é um poeta, ensaísta, crítico literário, jornalista, contista e dramaturgo português. É membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Portuguesa de Críticos Literários e da Associação Portuguesa de Dramaturgos.
Valter Hugo Mãe nasceu em 1965, em Valpaços, Trás-os-Montes, e viveu na Região de Aveiro durante a sua infância. Foi na cidade de Aveiro que iniciou os seus estudos literários, ingressando na Escola Secundária de Aveiro.
A partir de 1987, Valter Hugo Mãe dedicou-se à carreira literária, publicando poemas, contos, ensaios, críticas literárias e obras de teatro. Alguns dos seus trabalhos mais conhecidos são Ode Marítima (1990), A Canção do Desterro (1995) e A Última Instância (2001).
Valter Hugo Mãe foi distinguido com vários prémios, entre os quais o Prémio PEN Clube Português em 2005, o Prémio Camões em 2009 e o Prémio Literário das Américas em 2012. As suas obras já foram publicadas em diversos países, como Espanha, Brasil, França, Alemanha e Estados Unidos. Selecionamos para você os melhores livros de Valter Hugo Mãe, veja a sugestão dos nossos editores!
O conto As mais belas coisas do mundo de Valter Hugo Mãe, em edição especial ricamente ilustrada. Como em uma reunião de recortes de sua vida, um neto reconstitui as memórias que guarda do avô, seus ensinamentos e a maneira como ele provocava sua curiosidade na investigação dos sentimentos das pessoas, como um detetive de interiores. Esse é um pequeno conto de Valter Hugo Mãe que, a partir da perspectiva infantil, examina o que seriam as mais belas coisas do mundo. Com ilustrações de Nino Cais, projeto gráfico e acabamento especial, este livro contém ainda uma nota do autor, em que conta um pouco da sua relação com seu avô. “Um avô transforma a vida, mostra o encanto do conhecimento. Ensina que podemos chegara ser gigantes. Mas o saber não dispensa a ternura. E o menino descobre que o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.” ― Walcyr Carrasco. “Apesar de ilustrado e com pouco texto, este não é um livro infantil. Mas as crianças o apreciarão muito, mesmo tendo sido escrito com um olhar adulto e memorialístico, em tom denso e cheio de abstrações. É que poesia não tem idade. E esse avô sábio dá saudades até em quem não foi seu neto.” ― Ana Maria Machado.
O tão aguardado romance inédito de Valter Hugo Mãe que se passa no Brasil Chega ao Brasil o oitavo romance do autor português mais aclamado da atualidade. Em As doenças do Brasil, Valter Hugo Mãe retorna ao gênero após cinco anos e traz uma obra que se passa em solo brasileiro. Com artes de Denilson Baniwa e prefácio de Conceição Evaristo, o livro é uma verdadeira homenagem às pessoas dessa terra: os que aqui já estavam e os que vieram forçados; ambos fogem da fúria que extermina todos aqueles que não consegue escravizar. Ao contrário dos registros históricos sobre a colonização, o livro de Valter Hugo Mãe coloca a pessoa indígena no centro da narrativa, ao contar sob sua ótica percepções sobre a invasão e o genocídio promovido pelo europeu. Para isso, cria uma linguagem, um povo e toda uma visão de mundo com personagens e cenários inesquecíveis, em um romance exuberante e carregado de densidade lírica.
O paraíso são os outros, de Valter Hugo Mãe, ganha nova edição pela Biblioteca Azul com ilustrações do autor inéditas no Brasil Em O paraíso são os outros, uma menina volta seu olhar pueril para os casais. Casais de pessoas e de animais, de homem e mulher, de mulher com mulher, de golfinhos e de pinguins. Uma menina a quem o amor intriga e fascina. Uma menina que ao imaginar a vida dos outros, sonha com a pessoa que um dia irá amar. Sua voz inocente toca tanto as crianças quanto os adultos. A nova edição desta obra do aclamado escritor português Valter Hugo Mãe traz ilustrações do autor e texto de Noemi Jaffe na quarta capa. Além disso, esta edição apresenta texto atualizado, nota exclusiva do autor sobre suas ilustrações, miolo com cores especiais e capa dura. “Mais do que um livro, O paraíso são os outros é um convite à vida. Quando percebermos que o amor precisa de ser uma solução e não um problema então teremos percebido tudo.” - Luis Sepúlveda.
Valter Hugo Mãe agora na Biblioteca Azul com prefácio de Caetano Veloso Depois de perder a mulher, o barbeiro António Jorge da Silva passa a viver num lar de idosos. Os quartos da ala direita dão para um jardim onde crianças brincam. Os da esquerda, reservados aos acamados, têm vista para o cemitério. Que alegrias pode a vida oferecer a alguém tão próximo de seguir esse caminho? A convivência com funcionários e pacientes do asilo, entre eles o centenário Esteves “sem metafísica”, do poema “Tabacaria”, de Fernando Pessoa, revela a António uma nova possibilidade de existência. Como a flor que fura o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio, a prosa trágica e divertida de Valter Hugo Mãe busca, na humanidade dos que padecem, material para louvar a vida, mesmo em suas manifestações mais ameaçadas.
Um conto sobre os laços de afeto entre avós pela perspectiva do neto, escrito com a sensibilidade rara de Valter Hugo Mãe Um avô que vê o mundo com poucas cores, como se habitasse sempre a noite, e uma avó com um eletrodoméstico junto ao coração, e que fazia do amor um exercício lúcido e diário. Os avós vistos sob a perspectiva do neto. Nas páginas de Serei sempre o teu abrigo, Valter Hugo Mãe nos mostra a sabedoria e a coragem que há no sentimento, e essas palavras são acompanhadas das ilustrações do próprio autor, coloridas sobre fundo escuro, fauna e flora de um ambiente pouco investigado, como é o território dos afetos. "Um dia, entendi que os velhos são heróis. Passaram por muito, ganharam e perderam tanta coisa. Perderam pessoas. Persistem sobretudo para cuidar de nós, os mais novos, e nos assistirem. Observam-nos."
Valter Hugo Mãe agora na Biblioteca Azul com prefácio de Alberto Manguel A solidão, para Crisóstomo, é um filho que não se tem. Aos quarenta anos, o pescador decide buscar o que lhe falta. Vai encontrar no jovem Camilo, órfão de uma anã, a chance de preencher a metade vazia, e em Isaura, enjeitada por não ser virgem, a possibilidade de ser mais do que completo. Com personagens tão excêntricos quanto humanos, que carregam suas tragédias com lirismo e ingenuidade, o festejado Valter Hugo Mãe povoa o vilarejo litorâneo onde a vida é levada com singela tristeza e a esperança do amor faz surgir uma alegria pequena, mas firme, porque construída com o possível.
A obra mais pessoal de Valter Hugo Mãe Capa com arte de Adriana Varejão e prefácio de Nélida Piñon Valter Hugo Mãe recupera a infância e parte da adolescência e torna suas memórias os temas de sua literatura. Com a linguagem da crônica e o estilo que seus leitores bem conhecem, elementos autobiográficos se apresentam em sequenciamento, veiculados por linguagem de períodos curtos e compostos de capítulos também curtos, mas ricos em profundidade de reflexão e sinceridade com a própria história. A materialidade da palavra é a protagonista, e a grande lente pela qual seu autor aprende a ler o mundo. A infância retratada pelo escritor passeia por Portugal e sua história recente. Os marcos históricos são o fim do Império Colonial na África e a Revolução dos Cravos e seus desdobramentos. Estes fatos são pano de fundo e moldura para o retrato de um menino e sua mitologia particular. Também estão registradas as descobertas, o contato com o corpo, a relação com o irmão morto e a influência da cultura brasileira em Portugal. Está, sobretudo, o cotidiano, que traz os seus antídotos para as adversidades. Aqui, mais que a infância de um escritor, está uma formação de alguém que se arrisca a ver o mundo sob outra ótica.
Primeira vez publicado no Brasil e com texto inédito para esta edição. Único livro de contos de Valter Hugo Mãe, célebre por escrever romances marcados de lirismo e oralidade, Contos de cães e maus lobos traz onze narrativas que permeiam o universo infantil, entre a descoberta e o assombro. O autor afirma não saber se dirigir ao público infantil, mas aqui compõe fábulas que repercutem em nossas leituras prévias, como se buscassem encantar a criança no adulto. Uma menina pobre que busca a riqueza interior, a mãe que aprende a lidar com a perda de um filho, um menino solitário que busca a felicidade nos livros, e a aparição de uma santa em um vilarejo, no inédito “Nossa Senhora de Vila do Conde”, conto escrito especialmente para esta edição. Leitores das mais variadas idades poderão ser atingidos pela força e pela sutileza dessas narrativas. “Está nesses contos aquilo que está em toda a sua obra: o questionar das nossas certezas mais fundas, uma visita às profundezas da alma. A escrita de Valter sugere, a todo momento, que os outros somos nós mesmos. [...] E é por isso que estes contos, mais do que gigantescos, não têm tamanho.” ― Mia Couto
Na paisagem gélida da Islândia, a menina Halla, de apenas onze anos de idade, busca compreender os sentimentos que surgem com o falecimento de sua irmã Sigridur. Vivendo a divisão permanente das “crianças espelhos”, Halla nos guia por impressões de transitoriedade e perda a partir do seu ponto de vista infantil e, por isso mesmo, cheio de uma simplicidade profundamente poética. O sofrimento do luto, a solidão e a violenta frieza da mãe se misturam com a paisagem inóspita da Terra do Gelo e, somados à narração lírica e melancólica de Valter Hugo Mãe, em que o desamparo dos personagens é superado por uma compreensão sublime e bela de sua condição, transformam esta obra em um primor da literatura contemporânea.
Biblioteca Azul lança nova edição, ilustrada por Eduardo Berliner, do livro Vencedor do Prêmio Literário José Saramago.“Por mais de um motivo, cultivo uma admiração imensurável pela obra do escritor português Valter Hugo Mãe.”Raduan Nassar“Basta ler a primeira página, a primeira palavra, sentir a primeira respiração. É um livro diferente. A sensação que esta obra me dá, além do ímpeto arrasador e ao mesmo tempo construtor de algum elo, é a de estar a assistir a um novo parto da língua portuguesa, um nascimento de si mesma.”José SaramagoEstirpe e jugo são os elementos brutos com os quais a poderosa linguagem de Valter Hugo Mãe narra a história dos sarga, “nascidos de pai e vaca”, e de seu primogênito, que dá nome ao livro: baltazar, camponês miserável e de passividade bestial, cujas vida e jovem esposa são exploradas por dom afonso, senhor das “almas e coisas” daquela terra. Vencedor do Prêmio Literário José Saramago, o remorso de baltazar serapião é “um tsunami linguístico, estilístico, semântico, sintáctico” – um marco na literatura portuguesa contemporânea.