Candomblé é uma religião afro-brasileira derivada de cultos tradicionais africanos, na qual há crença em um Ser Supremo e culto dirigido a forças da natureza personificadas na forma de ancestrais divinizados: orixás, voduns ou inquices, dependendo da nação. Os livros sobre o Candomblé oferecem um meio valioso para compreender esta complexa e rica tradição religiosa afro-brasileira. Eles exploram os vários aspectos do Candomblé, incluindo sua história, práticas rituais, mitos, divindades e seu impacto sociocultural. Por meio dessas obras, os leitores podem obter uma visão mais profunda das crenças e práticas que formam a base desta religião, que é uma parte integrante da cultura brasileira e uma representação do sincretismo religioso.
Esses livros variam em foco e abordagem. Alguns fornecem uma visão geral do Candomblé, explorando a sua origem na África Ocidental e a sua diáspora no Brasil e em outras partes das Américas. Outros se concentram em elementos específicos do Candomblé, como a descrição detalhada das divindades ou orixás, os rituais de iniciação, a música e a dança, a cosmologia, a linguagem litúrgica e a relação com a natureza. Muitos desses livros são escritos por acadêmicos ou praticantes da religião, cada um trazendo sua perspectiva única para a discussão.
Ao escolher um livro sobre o Candomblé, é importante considerar o que você está procurando. Se você é novo no tema, pode ser útil começar com uma visão geral que forneça uma introdução ampla ao assunto. Para aqueles que já têm algum conhecimento do Candomblé, um livro focado em um aspecto específico da religião pode ser mais apropriado. Independentemente da sua escolha, ler sobre o Candomblé é uma maneira de celebrar e compreender a diversidade e a riqueza das tradições espirituais do mundo. Querendo se aprofundar no assunto? Selecionamos para você os melhores livros sobre Candomblé, veja a sugestão dos nossos editores!
O candomblé bem explicado é resultado da pesquisa de um babalorixá e de sua filha-de-santo que, motivados por sua própria experiência prática, decidiram elucidar conceitos e temas bastante recorentes no cotidiano religioso dos que pertencem às três nações analisadas com maior enfoque nesta obra ― Bantu, Iorubá e Fon ―sem que, no entanto tenham até o momento sido objeto de aprofundadas reflexões teóricas. Todas as questões apresentadas no livro seguem pautadas pelos patamares religiosos. Em suas pesquisas, os autores descobriram infinitas diversidades e conceitos simbólicos que explicam, por exemplo, o uso de objetos, as características e funções variadas dos itens que participam do candomblé e são pouco explicados.
Em “Candomblé no Brasil: Resistência Negra na Diáspora Africana” encontraremos informações importantes ao campo dos saberes emancipatórios desta religião de matriz africana, como a problemática do racismo religioso e contribuem para as discussões do tema ao âmbito religioso, civil e acadêmico. O Candomblé, enquanto forma de resistência afro-diaspórica, é analisado por meio de “referenciais teóricos majoritariamente africanos, negros, afro-diaspóricos ou afrocentrados”. Esta publicação é destinada a pesquisadores e interessados pelo tema.
Apresentamos o inédito livro de F. Rivas Neto (Babàlòrìṣà Rivas Ty Ògìyàn): CANDOMBLÉ – TEOLOGIA DA SAÚDE. Do selo Aláfia e integrante da Coleção F. Rivas Neto, a obra traz pela primeira vez conceitos, explicações e reflexões oriundos de mais de 50 anos de sacerdócio nas religiões afro-brasileiras à luz do Candomblé. É a ancestralidade e experiência do Babàlòrìṣà Rivas Ty Ògìyàn que se manifesta nesta obra de arte que já se mostra como patrimônio para o povo de santo, fonte ilimitada para pesquisadores, porto seguro para simpatizantes e curiosos. Livro radicalmente profundo em sua investigação, maravilhosamente esclarecedor. A todas, a todos, o Candomblé como jamais visto antes. Da teologia do transe, com a discussão sobre manifestação e incorporação, conceito basilar, à teologia do asè, princípio de realização, calcados na espiritualidade e religiosidade, do terreiro para a sociedade surge a Teologia da Saúde, porque a todos é possível alcançar o bem-estar, o equilíbrio, caminhos abertos e corpo fechado. Em capa dura e colorido, apresenta fotografias de assentamentos e momentos da vivência no terreiro, bem como um glossário de termos e um mini-herbário, com as principais ervas catalogadas. *Livo colorido e com fotografias*
A busca da África no candomblé é uma importante inflexão e via de acesso ao entendimento crítico da profundidade histórica desse mundo em “criolização” e “mistura” dos novos movimentos sociais da crença e do sagrado. Esta segunda edição traz um novo prefácio de Stephan Palmié da Universidade de Chicago e posfácio de Paul Christopher Johnson da Universidade de Michigan, Ann Arbor, além de atualizações de conteúdo ao longo da obra.
Esta obra tem por objetivo levar leitores a conhecer de forma ampla e introdutória a tradição religiosa do candomblé. Destina-se especialmente a todas e todos os que desejam entender: - Como esta tradição chegou ao Brasil. Para isso ela tem um capítulo apresentando a história da passagem da África às terras brasileiras destas tradição, mostrando especialmente a escravidão e suas implicações para a transmissão da religião; - Como esta tradição pensa o mundo e a existência. Há todo um capítulo dedicado a explicar a compreensão cosmológica, existencial e religiosa desta tradição, onde os Orixás ocupam um lugar central; - Como esta tradição se organiza e funciona. Neste intuito há um capítulo apresentando a estrutura religiosa, organizacional, ritual e iniciatória do Candomblé; - Como compreender o sincretismo, a teologia, o ser humano e os mitos nesta tradição religiosa. O último capítulo da obra apresenta uma visão geral sobre estas temáticas.
O livro Candomblé sem sangue? Pensamento ecológico contemporâneo e transformações rituais nas religiões afro-brasileiras é uma reflexão resultante de anos de pesquisas e vivências religiosas. Nele, o autor convida o leitor a compreender melhor alguns dos fatores exógenos e endógenos que têm influenciado o candomblé, a ponto de algumas lideranças religiosas começarem a revisar suas práticas rituais. Ao abordar o uso de folhas e de sangue nos rituais iniciáticos, o autor trata de uma guerra estabelecida entre Ossaim (divindade dos vegetais) e Exú (divindade do movimento, comunicação e dinâmica), guerra essa que envolve disputas por precedência nos ritos e centralidade nas explicações teológicas da religião. O modelo de candomblé que aboliu o sacrifício de animais, assumido no Brasil pela Dobana Boressa Mãe Solange Buonocore, no ano de 2017, tem suas raízes mais profundas na figura emblemática do babalaô Agenor Miranda Rocha, passando por Alawowô Messecan Meyé Phurull (Dagoberto Isaac Cordero) e chegando, enfim, à Dobana Boressa. Neste livro o autor apresenta a configuração desse culto, em momentos imediatamente posteriores à sua chegada no país. O autor também analisa as influências da ecoteologia católico-franciscana sobre novas modalidades de práticas afro-religiosas contemporâneas, além de apresentar um novo culto, recentemente chegado ao Brasil: o culto Yezan. Ao se combinar com o modelo de candomblé que não mais utiliza sacrifício de animais, o culto Yezan parece representar um novo desafio para as tradições afro-religiosas, ao mesmo tempo que se apresenta como mais uma alternativa religiosa nas metrópoles brasileiras.
Edison Carneiro foi um dos últimos representantes - e dos mais notáveis - de uma geração que se debatia entre estruturas acadêmicas e a tradição empírico-vocacional desordenada, mas criativa, dominantes na sua época. Ele inicia com invejável modéstia e invulgar seriedade, na sua obra, uma nova linha metodológica nos chamados estudos afro-brasileiros. Em Candomblés da Bahia, Carneiro definiu um roteiro metodológico que, desde então, tem servido de guia básico para todos os pesquisadores que, a partir daquela monografia singular, vêm estudando os candomblés da Bahia e os cultos afro-brasileiros em geral. Desde 1948, quando foi publicado em sua 1ª edição, esse livro tornou-se um clássico e obra indispensável de orientação e consulta. Nela estão a organização social dos terreiros; sua economia; o simbolismo de sua linguagem e de seu ritual; as hierarquias míticas e o sistema de controle intragrupal.
Reconstruindo a trajetória dos povos jejes, o autor discute aspectos importantes da formação de identidades étnicas dos africanos na diáspora, mostrando como os cultos aos voduns dos jejes forneceram as bases para a formação do candomblé baiano. A narrativa cruza elementos da história e da antropologia, caminhando da África para o Brasil e do passado para o presente, numa escrita densa e envolvente.
Respondendo a perguntas frequentes sobre o Candomblé, o babalorixá Eurico Ramos procura explicar aos leitores, de modo simples e objetivo, o significado, a prática e os rituais desta religião. Por exemplo: O que é realmente o candomblé? Por que o candomblé é uma religião? Quais as diferenças entre a umbanda e o candomblé? O que é o jogo de búzios e para que serve? Essas e muitas outras perguntas são respondidas em Revendo o Candomblé, "com muita propriedade", como afirma, no prefácio, Mãe Stella de Oxossi, do Axé Opô Afonjá, da Bahia. Diz ela: "Levado pela inspiração ancestral, e de seu orixá, é que o escritor se propôs a nos oferecer esta obra, que tem muito valor para os iniciados e praticantes da religião dos orixás. A forma discreta, clara, objetiva e esclarecedora é uma maneira didática com que o autor se expressa. (...) Candomblé é causa, não é profissão. São diversos lembretes, interessantes e sérios, é com muita propriedade que o autor nos passa esses ensinamentos". Para o teólogo e filósofo Alexandre Marques Cabral, que assina a primeira orelha, Revendo o Candomblé “introduz o leigo no universo mágico e estético dessa tradição em que dança, música e natureza se dão as mãos e a celebração à vida passa a ser o preço pago para se adorar a Deus”. E finaliza: “Quiçá este livro contribua para que o Brasil, que tem alma mestiça, possa ver o candomblé como um tesouro, e não como um inimigo a ser abatido, como pensam pastores e padres até hoje”.
O autor explica as cerimônias do xirê, da kura, como fazer ebós, boris e como saudar corretamente cada orixá.
